Discussões suscitadas pelo Setembro Amarelo ganham força com a pandemia
Em entrevista à Rádio UFMG Educativa, Stella Goulart, do Departamento de Psicologia, falou sobre implicações relativas à saúde mental
O Setembro Amarelo é uma campanha de valorização da vida que ocorre anualmente em todo o Brasil, organizada pelo Centro de Valorização da Vida (CVV) e outras instituições. Durante o mês, debates, discussões e campanhas informam sobre o suicídio, com o objetivo de conscientizar a população a respeito do tema. Neste ano, a discussão ganha ainda mais força diante dos impactos da pandemia de covid-19.
Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), o Brasil é o segundo país com o maior número de pessoas depressivas nas Américas, com 5,8% da população, ficando atrás somente dos Estados Unidos, com 5,9%. A doença afeta 4,4% da população mundial. O Brasil também é o país com maior prevalência de ansiedade no mundo: 9,3%. Os transtornos ansiosos incluem fobia, transtorno obsessivo-compulsivo, estresse pós-traumático e ataque de pânico.
A taxa de suicídios a cada 100 mil habitantes aumentou 7% no Brasil, em tendência oposta à média mundial, que caiu 9,8%, de acordo com a OMS. Embora os números globais estejam em queda, os dados ainda são alarmantes: cerca de 800 mil pessoas põem fim às suas vidas todos os anos no mundo, o que equivale a uma morte a cada 40 segundos.
Em entrevista ao programa Conexões, da Rádio UFMG Educativa, a professora Stella Goulart, do Departamento de Psicologia da Fafich, falou sobre a importância de ações em prol da saúde mental e esclareceu dúvidas sobre o tema.
No Brasil, o Centro de Valorização da Vida (CVV) realiza trabalho de escuta e acolhimento das pessoas em sofrimento, pelo site e pelo telefone 188.