Dom Joaquim recebe campanha ‘Assédio Não’ durante o carnaval
Ação é idealizada e desenvolvida pelo programa Polos de Cidadania da UFMG
Apesar de ser muito comum esbarrar com o pensamento de que tudo é permitido no carnaval, é importante lembrar que, tanto nessa época do ano como em todas as outras, o respeito é fundamental. Com o objetivo de propagar essa ideia e combater o machismo no município de Dom Joaquim e região, o programa Polos Cidadania da UFMG idealizou a campanha Assédio Não.
“A violência contra a mulher e o assédio ocorrem durante todo o ano, de várias formas. Às vezes de formas mais objetivas e outras vezes de formas mais sutis, como, por exemplo, com olhares indiscretos e cantadas”, afirmou Maria Cecília Alvarenga, orientadora de campo do programa, que é um projeto de extensão da Faculdade de Direito da UFMG, durante entrevista ao programa Conexões, da Rádio UFMG Educativa, nesta sexta-feira, 9.
Ao longo da conversa com a apresentadora Luíza Glória, Maria Cecília Alvarenga abordou detalhes da campanha e falou sobre o combate ao machismo e ao assédio no carnaval.
“No carnaval, por ser um período de verão e de festas, com o aumento do consumo de bebidas alcoólicas e da erotização, eu imagino que algumas pessoas acabam atravessando barreiras que são limites da integridade física do outro”, contextualizou.
Segundo Maria Cecília Alvarenga, o consentimento é o que deve ser observado para entender se uma prática é de assédio ou não.
“Quando as práticas são consentidas, elas fazem parte do flerte, da paquera, do romance. Quando se ultrapassa esse aspecto, às vezes com o uso de palavras agressivas e de baixo calão, que ultrapassam o respeito do corpo da mulher, como se o que ela vestisse desse abertura para certos tipos de comportamento, estamos falando de assédio”, diferenciou.
Veja a marchinha Não vem se eu não quiser, do grupo Nem Secos, que trata do tema. Ela foi uma das finalistas do concurso de marchinhas Mestre Jonas em 2018: