Atletas trans e especialistas discutem superação do binarismo no esporte
Rádio UFMG Educativa produziu série sobre os obstáculos enfrentados por ‘corpos dissidentes’
Desde a escola, funciona assim: equipes esportivas são divididas em masculinas e femininas. Quem quer jogar precisa se enquadrar em uma dessas categorias para ser aceito, não importa se a pessoa é diferente e se ela não se sente bem com essa divisão. Ainda que tenha havido avanços, como demonstrado na primeira reportagem da série O esporte é para todes? Desafios para a inclusão de atletas trans, o esporte continua sendo muito binário e exclui corpos dissidentes como os de atletas intersexo e trans. Mas será possível superar o padrão homem-mulher? Esse é o tema da última reportagem da série.
Atletas trans e especialistas explicam como padrões impostos socialmente que determinam o que é ser homem e ser mulher podem excluir do esporte todos aqueles que não se enquadram nessas categorias normativas e falam sobre a necessidade de superar o binarismo para que o esporte possa ser, de fato, para todos, todas e todes. Ouça a reportagem apresentada por Arthur Bugre.
A primeira matéria da série tratou das barreiras que pessoas trans enfrentam para chegar ao esporte profissional. A segunda conta como os Jogos Olímpicos têm lidado, historicamente, com os corpos dissidentes e aborda desde os testes de gênero realizados nas primeiras edições às exigências atuais de controle de testosterona. A terceira reportagem explica os elementos biológicos que caracterizam os corpos trans, e a quarta aborda a busca da ciência por respostas para a questão das supostas vantagens de mulheres trans sobre mulheres cis.
A série O esporte é para todes? Desafios para a inclusão de atletas trans foi produzida por Igor Costa, Arthur Bugre e Paula Alkmim. Os trabalhos técnicos são de Breno Rodrigues.