Em conferência, Paulo Caramelli, da Medicina, aborda envelhecimento e prevenção de demências
As relações entre envelhecimento, declínio de memória e quadros de demência, especialmente da doença de Alzheimer, serão tema de conferência do professor Paulo Caramelli, da Faculdade de Medicina, na próxima segunda-feira, 3, às 19h, no Auditório Nobre do CAD 1, campus Pampulha. O evento, aberto à comunidade, integra a programação do ciclo UFMG, 90 – Desafios contemporâneos, que comemora as nove décadas de fundação da UFMG.
Caramelli vai abordar as mudanças de desempenho cognitivo e de memória vinculadas à idade que são consideradas normais e aquelas tidas como patológicas, apresentando números relacionados à incidência de doenças, no Brasil e no mundo. O professor do Departamento de Clínica Médica anuncia ainda que vai mostrar como as pesquisas se concentram nas situações de agravo e defender a importância de se estudar o envelhecimento cognitivo saudável.
Estudo desenvolvido pela UFMG na região de Caeté (MG), com 639 pessoas acima de 75 anos de idade, já identificou indivíduos cuja memória funciona melhor que a da média de idosos entre 60 e 69 anos de idade. “Estamos avaliando as variáveis associadas a esse bom desempenho”, diz Caramelli, que coordena o Serviço de Neurologia do Hospital das Clínicas da UFMG e o grupo de pesquisa em Neurologia Cognitiva e do Comportamento.
Na última parte da conferência, que também integra a programação da série de Atividades Didáticas Complementares para alunos do período noturno, ele pretende mostrar o que a ciência já descobriu sobre os fatores de risco modificáveis para prevenção de demência e doença de Alzheimer “Vamos conversar sobre as recomendações para redução de riscos”, antecipa o pesquisador.