Em protesto contra a Stock Car, comunidades da UFMG e da Pampulha promovem abraço ao Mineirão
Ato será realizado no sábado, dia 6, com concentração no Centro Esportivo Universitário, a partir das 9h
Centenas de pessoas deverão se juntar, neste sábado, dia 6, em um abraço ao Estádio Mineirão, em protesto contra a realização da Stock Car nas imediações da UFMG. O ato é organizado pelas associações de moradores dos bairros que compõem a região da Pampulha, com apoio da comunidade acadêmica da UFMG, de ativistas, artistas e ambientalistas. A concentração começa às 9h, em frente ao Centro Esportivo Universitário (CEU).
Com a mobilização, os participantes pretendem reivindicar o cancelamento do evento na Pampulha, que trará impactos nas áreas ambiental (fauna e flora), de mobilidade urbana, de segurança, de pesquisas científicas na UFMG e de proteção do patrimônio cultural.
A UFMG será fortemente impactada pela corrida, caso ocorra de fato no entorno do campus Pampulha, em agosto. Várias de suas unidades, como o próprio CEU, o Centro de Treinamento Esportivo (CTE), a Escola e o Hospital Veterinário e o Biotério Central, estão localizadas a poucos metros do circuito que está sendo montado para a corrida.
Por conta desses impactos, a UFMG se posicionou desde o início contra a realização da prova nas imediações do campus Pampulha e também pede que a organização do evento e a Prefeitura de Belo Horizonte busquem outro local para a corrida, conforme nota à comunidade divulgada pela reitora Sandra Regina Goulart Almeida e pelo vice-reitor Alessandro Fernandes Moreira: “Atenta às diversas manifestações contrárias à realização do evento na Pampulha, tanto da comunidade universitária quanto dos moradores da região, a UFMG compartilha das preocupações da sociedade em relação à discussão pública e aos impactos previstos na vida não apenas das pessoas e animais da região, mas de toda a cidade de Belo Horizonte. Nesse sentido, ressalta a inadequação do local proposto para um evento dessa natureza e a necessidade de se considerar opções disponíveis”.
O Conselho Universitário, em sua primeira sessão ordinária em 2024, manifestou “irrestrito apoio” à posição da Reitoria e reforçou o alerta sobre os riscos para as atividades acadêmicas.
Mobilização
O protesto deste sábado é apoiado por 11 associações, que representam não só os moradores de bairros da Pampulha, como São Luís, São José, Bandeirantes, Ouro Preto e Planalto, mas também de outras regiões da cidade, a exemplo de Mangabeiras, Santa Teresa, Buritis, Nova Floresta e Silveira. Em manifesto, essas entidades indicam os impactos ambientais e os prejuízos para a mobilidade, para a segurança e para patrimônio cultural da região
Atualizações sobre a mobilização podem ser acompanhadas no perfil do Instagram @StockCarnaPampulhaNão.