ICA recebe inscrições para comissão complementar à autodeclaração racial
Banca é responsável pela análise das características fenotípicas de candidatos cotistas; instrumento contribui para aprimorar a ocupação das vagas reservadas na graduação
Estão abertas até esta sexta-feira, 3 de março, as inscrições para a nova composição da Comissão Complementar à Autodeclaração Racial UFMG 2023 (CCA) do campus Montes Claros. Podem se candidatar servidores docentes e técnico-administrativos em efetivo exercício na UFMG e os estudantes regularmente matriculados em cursos de graduação ou pós-graduação da Universidade. Os interessados devem preencher formulário.
Os integrantes da banca avaliam exclusivamente o conjunto de características fenotípicas que identifiquem o candidato como alvo da política de reserva de vagas racial (negros, de cor preta ou cor parda). Para orientar os novos membros da comissão, será realizada uma oficina formativa em formato presencial na próxima terça-feira, 7 de março, às 10h, no auditório do Bloco C. A atividade será conduzida pelo presidente da Comissão de Ações Afirmativas e Inclusão da UFMG, professor Rodrigo Ednilson.
“O objetivo do evento é aprofundar um pouco mais essas questões, esclarecendo as possíveis dúvidas dos futuros avaliadores e disseminando a prática na comunidade”, explica a secretária da Comissão Permanente de Ações Afirmativas e Inclusão da UFMG, Sheila Coelho.
Uso correto e debate
A Comissão Complementar à Autodeclaração Racial (CCA) é responsável pela realização do procedimento de heteroidentificação dos candidatos que optaram pela modalidade de reserva de vagas racial nos cursos de graduação ofertados pela UFMG. “As bancas de heteroidentificação visam impedir o mau uso das vagas reservadas para negros e, ao mesmo tempo, promovem o debate sobre a questão racial e a justiça social almejadas com essa política pública", pontua Sheila Coelho.
Para o presidente da Comissão de Heteroidentificação do Instituto de Ciências Agrárias, Maximiliano Soares Pinto, é de extrema relevância a participação da comunidade acadêmica nesse processo. “A comissão é um importante instrumento de melhoria das políticas afirmativas da UFMG", avalia.