Morre Régis Gonçalves, escritor e jornalista que atuou no Cedecom
Velório segue até as 15h (na Avenida do Contorno, 3000), e sepultamento será às 16h, no Cemitério da Paz
Morreu ontem (domingo, 23 de abril) o jornalista e escritor Régis Gonçalves, que, na década de 2000, atuou no Centro de Comunicação da UFMG. Ele estava internado desde o início de abril, em Belo Horizonte, e não resistiu a um câncer no pâncreas, descoberto em fevereiro deste ano.
O velório segue até as 15h, na Funerária Metropax (Avenida do Contorno, 3000, Santa Efigênia), e o corpo será sepultado às 16h, no Cemitério da Paz (Avenida Presidente Carlos Luz, 850).
Mineiro de Santa Bárbara, Régis Gonçalves formou-se em Sociologia na UFMG. Nos anos 1960, foi ativo na oposição à ditadura militar, dedicando-se em publicações como o jornal operário Piquete. Ele trabalhou em diversos veículos de imprensa em Belo Horizonte e colaborou em publicações literárias. Na UFMG, trabalhou de abril de 2002 a janeiro de 2007 como coordenador de jornalismo.
Régis lançou livros de poesia como Queima de arquivo, Opus circus, Trama tato texto e Poesia livre, e os volumes biográficos Raul Belém Machado: o arquiteto da cena e Lúcia Machado de Almeida -- uma vida quase perfeita. Escreveu também Retratos erráticos: imagem, perfil e personagem na imprensa.
Ativo e discreto
O professor Apolo Heringer, aposentado da Faculdade de Medicina da UFMG, conheceu Régis Gonçalves logo após o golpe civil-militar de 1964. Líder estudantil à época, Apolo chegou a viver na clandestinidade e foi exilado, o que não chegou a ocorrer com Régis. “Ele foi muito ativo, mas era discreto”, informa o professor, acrescentando que o amigo era muito tranquilo, conversava lentamente. "Ele me deixava ansioso”, brinca.
Régis Gonçalves deixa a esposa, a artista plástica Liliane Dardot, seis filhos e cinco netos.
Leia mais sobre o jornalista em matéria publicada na ocasião de sua participação em projeto do Centro Cultural UFMG.