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Oswaldo Bueno Amorim Filho é o novo professor emérito da UFMG

Contribuição para o desenvolvimento da geografia brasileira foi destacada na cerimônia de outorga do título

Da esquerda para a direita: o vice-reitor Alessandro Fernandes Moreira, a reitora Sandra Regina Goulart Almeida, o professor emérito Oswaldo Bueno Amorim Filho, o diretor do IGC, Carlos Fernando Ferreira Lobo, e o vice-diretor do IGC, Tiago Amâncio Novo
Da esquerda para a direita: o vice-reitor Alessandro Moreira, a reitora Sandra Goulart Almeida, o professor emérito Oswaldo Bueno Amorim Filho, o diretor do IGC, Carlos Ferreira Lobo, e o vice-diretor do IGC, Tiago Amâncio Novo Foto: Foca Lisboa | UFMG

As contribuições do professor Oswaldo Bueno Amorim Filho, aposentado do Instituto de Geociências (IGC), para o desenvolvimento da geografia brasileira foram exaltadas na cerimônia em que ele recebeu o título de professor emérito, na noite desta terça-feira, dia 14. O evento foi marcado pela descontração e por lembranças dos momentos de sua carreira no Instituto.

Professor Oswaldo se emocionou ao contar a sua trajetória no magistério
Professor Oswaldo se emocionou ao contar a sua trajetória no magistério Foto: Foca Lisboa

Muito emocionado, Oswaldo contou que sua trajetória é repleta de encontros com pessoas que lhe estenderam a mão e o ajudaram a trilhar o caminho do ensino. Segundo ele, ainda na infância, o interesse pelo estudo surgiu quando frequentava a biblioteca de uma escola localizada na zona rural da cidade mineira de São Gotardo, na região do Alto Paranaíba, onde a mãe lecionava. Décadas depois, o professor ingressou na graduação na UFMG, onde, mais tarde, se tornou professor e atuou na criação do Instituto de Geociências.

“O ponto de chegada de toda a minha trajetória foi a UFMG. Minha experiência nesta Universidade começou em 1966, na Faculdade de Filosofia, quando ainda se localizava no bairro Santo Antônio. Era um pequeno departamento que, apesar de produzir pesquisas até de geografia aplicada, tinha por vocação principal a formação de bons professores da área. A transformação só ocorreu quando, em 1968, nos transferimos para o campus Pampulha, com a criação do IGC. O horizonte acadêmico alargou-se fortemente, abrindo novas e desafiantes perspectivas”, contou.

Carlos Fernando Ferreira Lobo: reconhecimento da atuação de Oswaldo para a geografia brasileira
Carlos Lobo destacou o legado que será deixado pelo professor OswaldoFoto: Foca Lisboa | UFMG

Posteriormente, a geografia ensinada no IGC passou a integrar a área de Ciências da Terra, o que ampliou o leque das pesquisas em geografia aplicada. A isso, somou-se a abertura, no curso de graduação, do bacharelado em geografia, modalidade mais voltada para a pesquisa. Em 1987, o professor participou da criação do curso de Mestrado em Geografia, destacando-se na investigação de temas relativos à Geografia Urbana e Regional, Geopolítica, Epistemologia da Geografia e Geografia Humanista e Cultural. “De lá para cá, o Departamento criou um dos melhores cursos de doutorado em Geografia do país e modernizou seus laboratórios, incluído aí o de Geoprocessamento. Sou muito grato e feliz por ter participado de toda a evolução do IGC”, celebrou.

Uma história de convivências 
Ex-aluno de Oswaldo, o diretor do IGC, Carlos Fernando Ferreira Lobo, destacou que a jornada acadêmica do professor homenageado sempre esteve alinhada à sua paixão pela geografia e foi marcada pela dedicação no preparo das aulas e o bom relacionamento com outros professores e alunos. 

Reitora destacou a atuação do IGC em questões da sociedade, como os desastres de Mariana e Brumadinho
Reitora destacou a atuação do IGC nos desastres de Mariana e Brumadinho Foto: Foca Lisboa | UFMG

“Livros, artigos, textos, projetos de curso e orientações na graduação e na pós-graduação são as heranças da contribuição do professor Oswaldo à geografia. Ter sido um ex-aluno e ex-orientando do professor é motivo de orgulho e reconhecimento para mim. Não há dúvidas, portanto, da justiça do título que ele recebe. É o reconhecimento desta casa, que foi e sempre será sua, e do seu papel para a afirmação e o crescimento da geografia brasileira.” 

A reitora Sandra Regina Goulart Almeida agradeceu a contribuição do professor Oswaldo Amorim ao IGC e à UFMG. Segundo ela, o título de professor emérito é o reconhecimento merecido dos anos de dedicação ao ensino e à pesquisa. “As universidades federais sofreram bastante com os cortes orçamentários, então precisamos valorizar os professores que participaram da construção da Universidade que conhecemos hoje e que seguem atuando em defesa da ciência. O IGC atua constantemente próximo da sociedade, como pudemos observar nos desastres de Mariana e Brumadinho. Portanto, precisamos reconhecer a história de quem faz parte deste Instituto”, defendeu.

Luana Macieira