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Professor da UFMG analisa acordo inédito entre Israel e Emirados Árabes Unidos

Firmado em agosto, documento chamado de ‘Acordos de Abraão’ deve normalizar as relações diplomáticas dos dois países

Com intermédio dos EUA, Israel e Emirados Árabes Unidos fizeram um acordo histórico, no mês de agosto, capaz de modificar profundamente a geopolítica do Oriente Médio e trazer estabilidade política para a região. De acordo com a proposta, os Emirados Árabes passariam a reconhecer oficialmente o Estado de Israel, tornando-se o terceiro país árabe a fazê-lo, depois de Egito e Jordânia. Em troca, Israel suspenderia a anexação das áreas da Cisjordânia, onde vive boa parte da população palestina.

Os denominados Acordos de Abraão representam um passo na reconfiguração diplomática entre os países da região e abre espaço para a realização de tratados, abertura comercial e estabelecimento de embaixadas. Contudo, as autoridades palestinas criticam a iniciativa, por acreditarem que a rejeição de países árabes ao reconhecimento do Estado de Israel é um fator positivo para a Palestina conquistar suas pretensões de reconhecimento, soberania e cidadania para seus refugiados. Outro fator importante é que a aproximação entre Israel e Emirados Árabes facilita a criação de um bloco contra o movimento xiita liderado pelo Irã, que tem aumentado suas relações com países da região.

     
Em entrevista à TV UFMG, o professor do Departamento de Direito Público Leonardo Nemer explica a complexidade e as perspectivas com relação ao documento, chamado de ‘Acordos de Abraão’.    

Equipe: Artur Horta (produção); Otávio Zonatto (edição de imagens); Renata Valentim (edição de conteúdo).