Professoras da Faculdade de Educação ocupam cargos no governo federal
Maria Teresa Alves, Dalila Oliveira e Suzana Gomes assumem posições no Inep, no CNPq e na Capes, respectivamente
Três professoras da Faculdade de Educação (FaE) da UFMG estão assumindo cargos no governo federal. Maria Teresa Gonzaga Alves será diretora de Estudos Educacionais do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), Suzana dos Santos Gomes é a nova diretora de Educação a Distância da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) e Dalila Andrade Oliveira está à frente da Diretoria de Cooperação Institucional, Internacional e Inovação do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).
Maria Teresa Alves leva para o Inep experiência de mais de duas décadas na área da avaliação educacional. Vinculada ao Grupo de Avaliação e Medidas Educacionais (Game) da UFMG, ela tem coordenado estudos que utilizam dados produzidos pelo próprio Instituto, em censos e avaliações da educação básica e superior, como o Enade e o Enem, e por outras fontes, como o IBGE.
“A produção de indicadores é cada vez mais central no Brasil, como subsídio para políticas públicas e distribuição de recursos, visando, sobretudo, à redução das desigualdades na educação”, afirma Teresa Alves, que ajudou a produzir diversas publicações, parte delas em parceria com o Inep. Teresa é vinculada ao Departamento de Ciências Aplicadas à Educação (Decae) da FaE e líder do Núcleo de Pesquisa em Desigualdades Escolares (Nupede).
Inclusão tecnológica
A Diretoria de Ensino a Distância da Capes cuida da Universidade Aberta do Brasil e trabalha para o aprimoramento da modalidade, na graduação e pós-graduação, com foco especial nos estudantes que não têm condições de frequentar aulas presenciais, com o objetivo de garantir a inclusão tecnológica. Pedagoga e pesquisadora nas áreas de avaliação educacional, didática, formação de professores e políticas públicas, Suzana foi assessora do Centro de Apoio à Educação a Distância (Caed) da UFMG.
“Um grande desafio relacionado ao ensino a distância é sua institucionalização, com aporte de recursos e avaliação constante, para assegurar a oferta de cursos de qualidade”, diz a professora. Suzana é pesquisadora do Game e do Grupo de Pesquisa-ação sobre Universidade – Universitátis, da FaE. É editora-chefe do periódico Educação em Revista (FaE/UFMG) e da Editora Selo FaE. Formada até o doutorado pela UFMG, ela fez estudos de pós-doutoramento na Universidade de Lisboa e na USP. Integrou o grupo que monitorou e avaliou o ensino remoto emergencial na UFMG.
Resgate das relações
Por causa do desinvestimento nas universidades e no desenvolvimento científico ao longo dos últimos anos, é necessário grande esforço para resgatar as relações do CNPq, dentro e fora do Brasil. Essa é uma das convicções que movem a professora Dalila Oliveira ao assumir a Diretoria de Cooperação Institucional, Internacional e Inovação da agência. "O objetivo é recuperar acordos com parceiros da América Latina e de outras partes do mundo, além de incrementar relações com as universidades – em temas como bolsas de mestrado e doutorado – e retomar iniciativas conjuntas com as fundações de apoio à pesquisa dos estados, a Capes e a Finep, entre outras instituições", enumera.
Nos últimos quase três anos, Dalila integrou o Conselho Diretivo do CNPq como representante das Ciências Humanas e Sociais. Ela coordena o Grupo de Estudos sobre Política Educacional e Trabalho Docente (Gestrado) da UFMG e foi, por quatro mandatos, vice-presidente e presidente da Associação Nacional de Pós-graduação e Pesquisa em Educação (Anped). Também esteve como professora visitante em universidades na América Latina e Europa.