UFMG é sede de 17 INCTs
Seis novos institutos foram aprovados no fim de 2023; caracterizados por uma duração mais longa, eles geram conhecimento científico e soluções tecnológicas de ponta para o país
O Programa Institutos Nacionais de Ciência e Tecnologia (INCTs) é constituído por grandes projetos de pesquisa temáticos, voltados para áreas estratégicas e que reúnem diversas instituições, pesquisadores com formação acadêmica diversificada e infraestrutura de pesquisa de alto nível. Com o ingresso de seis novos INCTs, a UFMG passa a sediar 17 Institutos: cinco deles foram criados em 2014 e ainda estão em atividade, e outros 12 foram aprovados pela chamada 58/2022 – desses, seis foram contratados pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) no início do ano passado, e os últimos seis, no fim do mesmo ano.
Os seis novos INCTs da UFMG são o de Pesquisa em história natural, patrimônio cultural, artes, sustentabilidade e território, que será coordenado por Fabrício Rodrigues dos Santos, professor do Departamento de Genética, Ecologia e Evolução do Instituto de Ciências Biológicas (ICB); Ancestralidade genômica, doenças e bioinformática no Brasil, liderado por Eduardo Martín Tarazona Santos, também do Departamento de Genética, Ecologia e Evolução do ICB; Infraestruturas quântica e nano para aplicações convergentes, sob a coordenação de Gilberto Medeiros Ribeiro, do Departamento de Ciência da Computação (DCC) do Instituto de Ciências Exatas (ICEx); Substâncias psicoativas, sob a coordenação do professor Rodinei Augusti, do Departamento de Química do ICEx; Inibidores de urease de interesse agrícola e medicinal, coordenado pelo também professor do Departamento de Química Ângelo de Fátima, e Políticas públicas e profissão docente, coordenado por Dalila Andrade Oliveira, do Departamento de Administração Escolar da Faculdade de Educação (Fae).
O pró-reitor de Pesquisa da UFMG, Fernando Marcos dos Reis, explica que os projetos dos INCTs duram cerca de cinco anos e podem ser prorrogados. Ele acrescenta que o prazo de financiamento é maior que o normalmente observado em outras iniciativas financiadas pelo governo federal, o que possibilita que as pesquisas tenham maior duração e, consequentemente, alcancem melhores resultados. Para Reis, sediar 17 INCTs põe a UFMG em destaque no cenário da pesquisa nacional.
“No caso da UFMG, sediar um INCT significa muito, pois são projetos de fôlego que oferecem condições para montar uma infraestrutura avançada e produzir conhecimento de ponta, contando com tudo que é necessário: equipamentos, insumos e bolsas para estudantes. É também uma prova da liderança e da excelência da pesquisa feita aqui na Universidade.”
Diversidade
Após a chegada dos novos INCTs, a UFMG passa a contar Institutos voltados para pesquisas nas áreas biológicas, de ciência da computação, educação, química, engenharia, física e ciência política. Fernando Reis destaca a vocação da Universidade para realizar pesquisas em diversas áreas.
“Essa diversidade é uma demonstração de que a UFMG tem grandes lideranças nacionais e internacionais na pesquisa em todas as grandes áreas do conhecimento. Além de sediar um número grande de INCTs, a Universidade ainda participa como parceira em diversos outros INCTs sediados em outras universidades, o que também representa recursos importantes para a pesquisa na nossa instituição”, conclui.o pró-reitor.
História dos INCTs
O Programa Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia (INCT) foi criado pelo governo federal em 2008 como estratégia para o fomento a projetos de alto impacto científico e de formação de recursos humanos do país.
Os novos INCTs foram anunciados pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) e pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) em dezembro do ano passado. Na ocasião, o governo federal informou que R$ 260 milhões serão investidos em 42 projetos científicos no âmbito do Programa INCTs. Os recursos serão disponibilizados para pesquisas de alto nível a serem desenvolvidas em rede.
“Com essa iniciativa, somando os projetos já em andamento contemplados em chamadas anteriores, o programa INCT passa a contar com 204 projetos apoiados no país. É um dos mais importantes programas de fomento a projetos de alto impacto científico e de formação de recursos humanos”, afirmou a ministra do MCTI, Luciana Santos.
Os novos projetos anunciados, entre os quais estão os seis novos INCTs da UFMG, foram selecionados na última chamada pública do programa, de 2022, e receberão recursos adicionais do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT), do CNPq, da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) e de 12 fundações estaduais de amparo à pesquisa (FAPs).
Os INCTs sediados na UFMG
Leveduras: biodiversidade, preservação e inovações biotecnológicas, coordenado por Carlos Augusto Rosa
Venenos e antivenenos: Inovatox, coordenado por Carlos Delfin Chávez Olórtegui
POX, sob a coordenação de Erna Geessien Kroon
Biodiversidade, coordenado por Geraldo Wilson Afonso Fernandes
Neurotecnologia responsável, coordenado por Marco Aurélio Romano Silva
Nanobiofar, sob a coordenação de Robson Augusto Souza dos Santos
Estações de tratamento de esgoto sustentáveis, coordenado por César Rossas Mota Filho
Nanoestruturas de carbono, coordenado por Helio Chacham
Instituto da democracia e da democratização da comunicação, coordenado por Leonardo Avritzer
Dengue e interação microorganismo-hospedeiro, sob a coordenação de Mauro Martins Teixeira
Midas – Tecnologias ambientais, coordenado por Rochel Montero Lago
Pesquisa em história natural, patrimônio cultural, artes, sustentabilidade e território, coordenado pelo Fabrício Rodrigues dos Santos
Ancestralidade genômica, doenças e bioinformática no Brasil, coordenado por Eduardo Martín Tarazona Santos
Infraestruturas quântica e nano para aplicações convergentes, sob a coordenação de Gilberto Medeiros Ribeiro
Substâncias psicoativas, sob a coordenação de Rodinei Augusti
Inibidores de urease de interesse agrícola e medicinal, coordenado por Ângelo de Fátima
Políticas públicas e profissão docente, coordenado por Dalila Andrade Oliveira