Artistas sobrepõem obras na exposição ‘Como se fosse agora’, no Centro Cultural
Desenhos, fotografias, colagens, gravuras e instalações das artistas Júlia Abdalla, Lara Mortimer e Victória Sofia estão reunidos, até 30 de outubro de 2022, na exposição Como se fosse agora. A entrada é gratuita e aberta a todos os públicos.
A instalação busca provocar: "Este momento, agora, é mais passado ou mais presente? O acúmulo dos anos transforma, altera a matéria e o rastro do que fica pode ser somente sinalizado pela memória. Memória daquilo que foi, daquilo que seria, daquilo que virá a ser", escrevem as artistas.
Abdalla, Mortimer e Sofia, que se dizem "profundamente atravessadas pelos últimos anos, em que a presença precisou ser interrompida", expõem trabalhos reconfigurados e inéditos, além de sobreposições de suas produções e outras obras.
O trio assume "a inevitável metamorfose da forma como o pensamento se constrói, deixando em aberto um processo criativo contínuo que tem momentos de hiato e de fazer intenso, como mortes e renascimentos".
Trajetórias
Júlia Abdalla é graduanda em Licenciatura em Artes Visuais pela UFMG. Nascida em Franca, São Paulo, ela explora os meios da gravura e do desenho na tentativa de registrar experiências internas e pensamentos ininterruptos, que nascem do cotidiano. É artista residente no Centro Cultural como membro do grupo de estudos Rebento e tem experiências em arte-educação.
Lara Mortimer, natural de Belo Horizonte, é formada em desenho pelo curso de Artes Visuais da UFMG. Em razão de seu interesse em criar e refletir sobre as interseções entre as linguagens, seus trabalhos partem de técnicas variadas como desenho, monotipia, fotografia e vídeo. Atualmente, pesquisa a ideia de paisagem (re)construída em consonância com os movimentos do olhar, reconhecer, pensar e lembrar. Junto com Júlia Abdalla, integra o grupo Rebento como residente do Centro.
Victória Sofia, também natural de Belo Horizonte e formada em desenho pelo curso de Artes Visuais, se interessa pela manifestação visual da passagem do tempo. Ela utiliza técnicas como texto, imagem gráfica, desenho, fotografia e degradação orgânica para construir e destruir imagens.