No dia 17 de novembro, o Conservatório UFMG recebe o pré-lançamento de seu projeto 'Cartas do Sagrado Evangelho Feminino', de Déa Trancoso. 

O material conta com o CD 'Líricas breves para a construção de uma alma' e o livro-objeto 'Monja Lib, a mulher que vomitava desertos'. Trancoso é responsável pelos vocais, pelas composições, pela direção artística e pelo projeto gráfico do trabalho.

O disco propõe uma releitura livre do tarô, a partir de um olhar mais feminino. São pequenos relatos poéticos, escritos desde os 18 anos, que viraram canções ou continuaram poemas ao longo da vida. O álbum é um espaço de protagonismo da voz e da palavra.

O livro, por sua vez, é um trabalho quase todo à capella, com geografias sonoras que criam lugares localizados entre a palavra poética e a música. A obra tematiza vida, alma, menopausa e morte.

A artista utiliza uma flauta indígena uruá, duas rabecas artesanais (uma feita pelo luthier e percussionista Carlinhos Ferreira e outra confeccionada por ela mesma), um quatro venezuelano e um shruti indiano (uma espécie de sanfoninha).