Doação de leite por mães enlutadas é tema de encontro do projeto UFMG Renascer
O acolhimento da família após a perda, a legislação relacionada à doação de leite por mães enlutadas e a implementação de protocolos para esse procedimento são alguns temas que serão abordados no debate Doação de leite por mães enlutadas: ressignificação do luto gestacional e neonatal.
Promovido pelo projeto UFMG Renascer – Cuidado Multidisciplinar do Luto Perinatal, o evento ocorre neste sábado, 2 de julho de 2022, das 9h às 12h, por meio da plataforma Microsoft Teams. As inscrições devem ser feitas por formulário eletrônico.
O projeto tem parceria com a Liga Acadêmica Integrada de Cuidados às Crianças, Adolescentes e Mulheres (Laiccam), da Escola de Enfermagem. Seu objetivo é acolher famílias que vivenciaram ou poderão vivenciar perdas perinatais e promover a capacitação dos profissionais de saúde para os cuidados com esse público.
Luto em pauta
A cofundadora do Transformação – Grupo de apoio às perdas gestacionais, Perla Frangioti, discutirá o acolhimento de mulheres e famílias que vivenciam a perda gestacional ou neonatal e o processamento do luto. Sua atuação está centrada no acolhimento humanizado às famílias enlutadas pelas perdas perinatais, na sensibilização dos profissionais de saúde e da sociedade e no fomento de políticas públicas.
A professora Natália Mundim, da Universidade Federal de Uberlândia (UFU), falará sobre os aspectos legais e protocolos assistenciais relacionados à prática da doação de leite por mães enlutadas. Em 2019, Mundim perdeu a filha Elis, após 30 minutos de vida, para a síndrome de Patau. Desde então, mobilizou-se pela regulamentação da lei que proibia a doação de leite por mães que não amamentam ou tiram o alimento para o próprio filho. Em 2020, a Anvisa publicou a Nota Técnica 22/2020, que prevê a assistência médica às mães enlutadas que desejam doar leite.
A neonatologista Gláucia Galvão, membro da Associação La Cause des Bebés e da International Marcé Society for Perinatal Mental Health (grupo Brasil), apresentará a produção científica sobre a temática no Brasil e no mundo. Por fim, Roberta Moura, enfermeira do posto de coleta de leite humano do Hospital das Clínicas da UFMG e especialista em Terapia Intensiva Neonatal, discutirá os desafios para a implementação dos protocolos assistenciais e a capacitação da equipe de saúde.
Mais informações estão no perfil do projeto no Instagram.