Centro Cultural abriga exposição de colagens ópticas
Fundamentadas em duas séries de técnica óptica, que refletem a arte concretista e neoconcretista brasileira, a exposição O movimento do olhar e terra boa, do artista paulista Fernando Correia, pode ser visitada até 11 de dezembro no Centro Cultural UFMG. A entrada é gratuita e aberta a todos os públicos.
Segundo texto de divulgação, "as colagens ópticas criadas provocam experiências do olhar aos espectadores, transmitindo a multiplicidade de percepções próprias do artista. Apesar de estáticas, pequenos deslocamentos, passos, recuos e aproximações corporais do visitante oferecem uma transformação de perspectiva das formas apresentadas".
Estudos de policromias por sutis neutralizações de cores puras deram origem à Terra boa. As cores criadas e empregadas, segundo Fernando Correia, "não são nem potentes nem neutras demais, são boas". O matiz geral dessas obras é caramelo. Na série, há um jogo de composição entre formas maiores e menores, que rompe a estética serial-uniforme do artista.
"O trabalho tem camadas que se trespassam, dando protagonismo de composição do olhar aos visitantes. Uma obra muda de leitura com o caminhar e observação das pessoas", diz o artista. Ele acrescenta que "a ideia é que sejam objetos de convivência. Que a cada nova visualização se descubra coisas diferentes em seus níveis. E, assim, que a memória do visitante seja ativada e o reencontro com uma obra querida seja renovador."
Trajetória
Fernando Correia é artista visual, pintor, desenhista, escultor e gravurista e também faz colagens ópticas. Cursa Artes Visuais na Faculdade Santa Marcelina, em São Paulo. Filho e neto dos artistas Paulo Fernando Correia e Mário Gruber Correia, dedica-se às artes desde os 14 anos. Ele tem uma banca na Feira de Antiguidades no vão do Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand (Masp), onde expõe todo domingo. Dedica-se, também, às artes espontâneas e já participou de salões de arte em Santo André, Ribeirão Preto, Guarulhos, Resende, Praia Grande e Niterói.
Mais informações estão disponíveis no site do Centro.