Musicalização na primeira infância é tema de roda de conversa no Espaço do Conhecimento
Pais, educadores e interessados no tema Musicalização na primeira infância: cognição, desenvolvimento e interação, estão convidados para a próxima edição do Papo em Pauta, que será realizada neste sábado, 15 de outubro de 2022, às 10h, no Espaço do Conhecimento. O evento é gratuito e aberto ao público.
Participam da roda de conversa as professoras da Escola de Música Betânia Parizzi e Angelita Broock, que também é diretora do Centro de Musicalização Integrado da UFMG (CMI), e Sol e Mares Monteiro, aluno da Escola de Música, professor do CMI, intérprete, compositor e produtor musical. A moderação será feita pela jornalista Zirlene Lemos, assessora de comunicação do Espaço.
Reabilitador de redes neurais
O canto para acalmar e entreter bebês é costume de muitas culturas. Apesar de ser uma prática muito comum, pouco se fala sobre a importância da musicalização na primeira infância. Em razão de sua elevada capacidade de conectividade cerebral, a música é um potente reabilitador de várias redes neurais, ajudando no desenvolvimento cognitivo e motor e na interação dos bebês.
Durante o bate-papo, os convidados apresentarão estudos que comprovam a importância do contato precoce com a música para a formação da criança. O bebê que recebe estímulos musicais torna-se mais ativo nas brincadeiras, fica mais atento e tem um repertório sensorial melhor. A falta dessa interação compartilhada pode resultar em déficits cognitivos, como alerta a professora Betânia Parizzi.
Mobilização cerebral
"Existem pesquisas que comprovam que a música é a atividade humana que mais mobiliza simultaneamente todas as partes do cérebro. A interação musical dos bebês com as pessoas é vital para o seu desenvolvimento. Um bebê que é pouco estimulado nesse sentido estará em desvantagem cognitiva, motora e emocional em relação aos bebês que têm esse engajamento com os adultos", acrescenta a professora.
Estudos que abordam a cognição social também serão trazidos no encontro para explicar como a música ativa sentimentos como empatia, sentido de pertencimento, vínculo, tato e de áreas que estão relacionadas aos movimentos. Mais informações podem ser obtidas no site do museu.