Ewa Skwara, tradutora premiada e professora da Adam Mickiewicz University (AMU), na Polônia, fará palestra nesta segunda-feira, 14 de fevereiro de 2022, sobre a obra A arte de amar, do poeta latino Ovídio. A exposição, que será feita via Zoom, com acesso gratuito, terá início às 17h.

Ewa é professora de latim e estudiosa da recepção dos clássicos greco-romanos na Ópera e também da retórica e poética. Ela já esteve duas vezes na UFMG e coordena, com a professora Maria Cecilia Coelho, projeto que une o Departamento de Filosofia da Fafich ao de Filologia da ADM e desenvolve atividades interdisciplinares.

Na mesa, com Ewa Skwara, estarão Sandra Braga Bianchet, professora de latim na Faculdade de Letras, e o também premiado tradutor e latinista Rodrigo Tadeu Gonçalves, que é professor da Universidade Federal do Paraná e faz estudos de pós-doutorado na UFMG.

Ensinamentos sobre amor e sedução
Ars amatoria (A arte de amar), de Públio Ovídio Nasão (43 a.C – 18 d.C), é estruturada como um poema didático com ensinamentos sobre amor, conquista e sedução (e também sobre poesia). A obra é tida como uma das razões do suposto exílio de Ovídio e suscita questões envolvendo interpretação literária e censura na Antiguidade. Nesse polêmico poema, Ovídio concebe o amor como matéria passível de ser ensinada por meio da ars, isto é, da técnica.

Como é usual na poesia didática, a obra contém inúmeras digressões ou painéis mitológicos, narrando mitos da tradição com o objetivo de exemplificar os ensinamentos. Um desses mitos é o de Ariadne, princesa abandonada por Teseu após ajudá-lo a matar o Minotauro. O tema foi objeto da famosa pintura Baco e Ariadne, de Ticiano (1488-1576), que se tornou um modelo para retratar cenas mitológicas em sua época e até hoje é referência para refletir questões de gênero tão cruciais.

A inscrição poderá ser feita por formulário específico até segunda, dia 14, às 15h. A palestra é parte de curso de extensão interinstitucional (parceria da UFMG com a Universidade Federal de Uberlândia), mas pode ser acompanhada como atividade independente.

Mais informações estão disponíveis no site da Fafich.