Presença indígena na universidade é tema de roda de conversa no Espaço do Conhecimento
O próximo encontro do Educação na Praça, projeto de formação de educadores do Espaço do Conhecimento UFMG, será realizado neste sábado, 27 de agosto de 2022, às 10h.
A atividade, destinada a educadores de ambientes escolares e não escolares, alunos de licenciatura e demais trabalhadores da educação e da cultura, é aberta ao público e gratuita. São 40 vagas, e a inscrição deve ser feita por formulário eletrônico.
Com o tema A presença indígena na universidade: desafios para a construção de um diálogo de saberes, a roda de conversa integra o ´Agosto indígena', que promove, até o dia 31, atividades formativas de reflexão sobre a diversidade cultural dos povos indígenas.
A mesa será composta por três estudantes indígenas da UFMG: Otávio Kaxixó, graduando em Medicina, Erick Xacriabá, estudante de Odontologia, e Adriana Carajá, doutoranda em Antropologia.
Serão discutidos os impactos da presença indígena na academia e as reflexões e experiências desses estudantes na Universidade. Os ouvintes receberão certificado.
10 anos da Lei de Cotas
Este é o segundo encontro do Educação na Praça em 2022, ano em que se completa uma década da sanção da Lei 12.711 de 2012. Conhecida como Lei de Cotas, prevê que 50% das vagas em universidades e institutos federais sejam destinadas a estudantes que tenham cursado todo o ensino médio em escola pública. Desse total, a metade é destinada à população com renda familiar per capita de até 1,5 salário mínimo.
A reserva de vagas étnico-raciais e para pessoas com deficiência é feita de acordo com a proporção de indígenas, negros (pretos e pardos) e pessoas com deficiência na unidade da federação em que está situada a universidade ou instituto federal, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Antes da sanção da lei em 2012, a UFMG adotou políticas próprias de ações afirmativas, como bônus sobre a nota do vestibular para estudantes oriundos de escolas públicas e autodeclarados pretos e pardos, programas de vagas exclusivas para pessoas indígenas em cursos de graduação e na Licenciatura Intercultural para formação de professores indígenas.