'Saberes que curam' é tema do projeto Mulheres na Ciência; inscrições abertas
A oitava edição do projeto Mulheres na Ciência, que completa um ano de existência, discutirá o tema Saberes que curam. Promovido pela Fundep, Fundação de Apoio da UFMG, e pelo State Innovation Center, o encontro será no dia 5 de agosto de 2022, às 15h, com transmissão pelo canal da fundação no YouTube.
O evento, gratuito, é aberto ao público. As inscrições devem ser feitas até o dia do evento, pelo Sympla, mesmo ambiente onde serão emitidos certificados para os ouvintes. Na roda de conversa, mulheres relatarão experiências com suas comunidades de origem relacionadas ao compartilhamento dos conhecimentos tradicionais para o tratamento da saúde física e mental.
Plantas medicinais
O uso de plantas medicinais e a realização de rituais de cura fazem parte da vida humana desde as mais antigas civilizações. No Brasil, a prática está no cotidiano e nos lares das pessoas, influenciados pelas raízes indígenas, negras, camponesas e de outras culturas. O uso de plantas medicinais e fitoterápicos, por exemplo, figura na Política de Práticas Integrativas e Complementares do Sistema Único de Saúde (SUS).
Participarão da roda Carminda Monzilar, integrante do conselho de saúde da comunidade Umutina e do movimento das mulheres indígenas do Mato Grosso; Cássia Cristina da Silva, professora no Programa de Formação Transversal em Saberes Tradicionais da UFMG e líder comunitária no quilombo e candomblé Manzo Ngunzo Kaiango (Belo Horizonte); Juliana Mendes, doutora em Ciências Farmacêuticas pela UFMG, e Noemi Margarida Krefta, militante do movimento de mulheres camponesas de Santa Catarina. A mediação será feita por Leonice Aparecida de Fátima Alves Pereira Mourad, professora da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM).
O projeto
O Mulheres na Ciência objetiva popularizar o acesso à produção científica produzida por mulheres e discutir as questões relacionadas às condições de produção que afetam o gênero em âmbito científico, promovendo diálogo constante e troca de informações entre as participantes sobre a realização de projetos de impacto para a sociedade.
Os encontros do projeto, sempre bimestrais, já abordaram saúde e biotecnologia, divulgação científica, o projeto Brumadinho, as pesquisadoras LBTs, negras, empreendedoras e pesquisadoras mães.
Entre os impactos e resultados gerados pela comunidade, estão a participação do grupo na She’s Tech Conference, maior evento de mulheres na tecnologia do país. A iniciativa tem o apoio do BiotechTown, hub de inovação criado exclusivamente para o desenvolvimento de empresas, produtos e negócios nas áreas de Biotecnologia e Ciências da Vida.
Mais informações podem ser obtidas no site da Fundep. As edições anteriores estão disponíveis no canal da fundação no YouTube.