Ações de ensino, pesquisa e extensão da UFMG terão apoio de empresas do setor do comércio
Reitora Sandra Goulart Almeida assinou protocolo de intenções com as direções da Fecomércio, do Sesc e do Senac; instrumento inaugura projeto ‘Parceiros’
Empresas mineiras do setor de comércio de bens e serviços poderão apoiar – inclusive financeiramente – ações de ensino, pesquisa e extensão da Universidade. É o que prevê o protocolo de intenções assinado nesta quarta-feira, dia 6, entre a UFMG, a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Minas Gerais (Fecomércio-MG), o Serviço Social do Comércio (Sesc) e o Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac).
A cerimônia de formalização do acordo ocorreu na sede da Fecomércio-MG, em Belo Horizonte, e reuniu a reitora Sandra Regina Goulart Almeida, o presidente da Federação, Lázaro Luiz Gonzaga, o diretor regional do Senac, Antônio Gonzaga da Silva Filho, o diretor regional do Sesc, Luciano de Assis Fagundes, a diretora de Cooperação Institucional da UFMG, Zélia Inês Portela Lobato, e o diretor do Instituto de Ciências Biológicas (ICB), Ricardo Gonçalves.
Na UFMG, a Diretoria de Cooperação Institucional (Copi) está encarregada de desenvolver os mecanismos internos necessários para a operacionalização das ações, em conformidade com seu Programa Parceiros da UFMG, lançado em 2020. Por meio dele, a UFMG busca construir pontes com a iniciativa privada e outros órgãos públicos para captar recursos para o desenvolvimento de novos métodos, técnicas e produtos, “respondendo a contexto socioeconômico em frenética mudança”, segundo informa o site da Copi.
O protocolo assinado nesta quarta-feira estabelece que os candidatos que poderão pleitear financiamento das empresas ligadas à Fecomércio devem apresentar plano de trabalho e/ou projeto básicos detalhando as ações, metas e fases de execução e de divulgação, e, se for o caso, a previsão de transferências de recursos financeiros e respectivas dotações orçamentárias. O protocolo também prevê a celebração de termos aditivos quando for necessário.
Apoio ao desenvolvimento
Em sua fala, a reitora Sandra Goulart destacou que a UFMG é uma universidade pública e que, por isso, está a serviço da sociedade. “Claro que formamos profissionais, mas não é só isso”, afirmou a reitora, para quem essa parceria reforça o perfil da Universidade de apoio ao desenvolvimento do estado. “Esperamos alcançar frutos verdadeiramente relevantes, o que inclui atender às necessidades das empresas”, salientou.
“O objetivo dessa parceria é contribuir com projetos relevantes desenvolvidos na UFMG, universidade da qual só se ouve boas referências, dentro e fora do país”, afirmou o presidente da Fecomércio, Lázaro Gonzaga. “Por ser uma das instituições de ensino mais renomadas do país, a UFMG exerce papel importante na definição dos rumos da economia por meio de pesquisas, projetos de extensão e formação de profissionais”, disse o presidente, destacando também seu orgulho de residir no estado que abriga, segundo ele, a melhor universidade federal do Brasil. “Todos esses fatores têm potencial para impactar fortemente o comércio varejista em longo prazo”, avaliou. A instituição que preside congrega mais de 500 mil empresas.
Luciano Fagundes, do Sesc, lembrou que sua entidade tem a vocação de desenvolver atividades de assistência social em Minas Gerais. Ao elencar iniciativas que poderiam se beneficiar de parcerias estratégicas com a Universidade, ele destacou a importância do primeiro emprego para os jovens e a abertura de novos campos de estágio e de atuação profissional para os alunos da UFMG.
Antônio Gonzaga da Silva, diretor do Senac, cuja atuação é focada na formação educacional, disse vislumbrar a possibilidade de aproximar os 200 cursos de sua instituição com os 90 cursos de graduação da UFMG. “Isso poderá gerar uma sinergia capaz de impactar áreas como a fabricação de queijos e outros produtos artesanais e toda a cadeia do turismo nas comunidades do interior do estado”, exemplificou.
Os primeiros contatos entre a UFMG e a Fecomércio foram feitos no início da pandemia por meio da direção do ICB. À época, os dirigentes da entidade procuraram a Universidade para discutir formas de contribuir com pesquisas para o enfrentamento da covid-19. O atual diretor do Instituto, Ricardo Gonçalves, disse que a parceria é mais uma oportunidade para a sociedade mineira perceber a relevância da UFMG para o desenvolvimento de sua economia. “Essa parceria poderá ser de extrema importância para o ICB, onde desenvolvemos desde tecnologias de produção de cerveja, cachaça e queijo até as mais avançadas vacinas e métodos de manipulação genética que propiciam a produção de novos medicamentos”, destacou.
Neste vídeo, a reitora Sandra Goulart e o diretor do ICB, Ricardo Gonçalves, falam mais sobre a parceria.