Na terça, 2, e na quinta, 4, sempre às 19h30, o Ars Nova – Coral da UFMG estreia sua nova série de concertos, intitulada Lápis e papel. As apresentações serão realizadas, respectivamente, no Museu Inimá de Paula (Rua da Bahia, 1.201) e no Conservatório UFMG (Avenida Afonso Pena, 1.537), ambos na região central de Belo Horizonte.

No repertório, destacam-se obras compostas durante o período de isolamento social provocado pela pandemia. Uma delas é Ecce ascendimus hierosolymam, de Leonardo Clementine. Inspirada em uma passagem do Livro de Mateus (20:17-19), a peça suscita um paralelo com o longo período de angústia que a humanidade enfrentou nos últimos anos e reforça a promessa de restauração e a esperança em dias melhores.

O coro também apresentará obras de repertórios anteriores, como Which was the son of, do estoniano Arvo Pärt, inspirada no evangelho de Lucas, e Kyrie, do inglês Giles Swayne, que reflete sobre a pobreza, a fome e a desigualdade no mundo capitalista.

Da última série de concertos, também foram mantidas canções populares como Baião armorial, de Maurício Detoni e Etel Frota, e um medley com composições de Milton Nascimento.

Seis décadas de sucesso
Fundado em 1959, o Ars Nova já subiu ao palco mais de 1.500 vezes, no Brasil e em outros 17 países, e conquistou prêmios em importantes festivais. Seu diretor artístico é o maestro Lincoln Andrade, doutor e mestre em Regência, respectivamente pela University of Kansas e pela University of Wyoming (ambas no EUA). Andrade atuou como maestro titular dos corais Brasília e Lírico de Minas Gerais e foi premiado no Festival Internacional de Coros, em Atenas (Grécia), em 1994 e 2004. Lincoln Andrade é professor de regência na Escola de Música da UFMG.