Atuação da UFMG na pandemia foi destacada na cerimônia de recondução
Políticos e dirigentes universitários elogiaram a capacidade de Sandra Goulart Almeida de aproximar a Universidade da sociedade e de outros setores da esfera pública
O primeiro mandato da reitora Sandra Regina Goulart Almeida (gestão 2018-2022) foi alvo de análises elogiosas feitas por autoridades presentes na cerimônia que marcou sua recondução na noite desta sexta-feira, 8 de abril. Elas lembraram o protagonismo da Universidade no cenário nacional durante a pandemia de covid-19. O deputado federal Rogério Correia, por exemplo, afirmou que Sandra foi capaz, em seu primeiro mandato, de articular os interesses da Universidade com a sociedade nas esferas municipal, estadual e federal. Para ele, a capacidade política da reitora foi essencial para que a UFMG se destacasse no cenário da pandemia.
“Uma universidade grande fortalece o nosso estado, e a Sandra demonstrou ser capaz de transitar de forma muito positiva no meio político. Isso ficou evidente no modo como ela conduziu a UFMG durante a pandemia da covid-9, quando a universidade fez diversos convênios e parcerias públicas para o desenvolvimento de vacinas em um momento de omissão do governo federal. Sandra colocou a universidade e o nosso estado no cenário nacional”, disse Correia.
A prefeita de Contagem, Marília Campos, também destacou a capacidade de articulação da reitora com a esfera pública. "Sandra inspira novas lideranças ao mostrar que é possível aproximar a universidade da sociedade.”
A opinião foi endossada pelo ex-vice-prefeito de Belo Horizonte e ex-deputado estadual Paulo Lamac. Ele tem longa trajetória de vivência na UFMG, onde fez o curso técnico de eletrônica, no Colégio Técnico (Coltec), e a graduação em engenharia elétrica. Hoje, Lamac cursa mestrado na UFMG.
“É indiscutível a liderança e o protagonismo da UFMG no âmbito das instituições de ensino federais. A sociedade precisa interagir com a universidade, e ela só tem a ganhar quando isso acontece. A Sandra tem muito mérito na forma como a UFMG sempre interagiu com as populações do nosso município e do nosso estado", elogiou Lamac.
Democracia em risco
As autoridades presentes também citaram os desafios enfrentados pelas universidades públicas no atual cenário político nacional. Para Jaime Arturo Ramírez, reitor da UFMG na gestão 2014-2018 e atual presidente da Fundep, a recondução da professora Sandra ocorre em um período em que a educação sofre diversos ataques. “Vivemos um momento político adverso, e, para enfrentá-lo, são necessárias pessoas excepcionais como a professora Sandra. Estivemos juntos na minha gestão como reitor, e é visível o quanto ela cresceu com as adversidades enfrentadas em seu primeiro mandato, como a pandemia e os ataques sofridos pela educação. Já sabíamos que Sandra era uma pesquisadora de referência, e o seu primeiro mandato mostrou que ela é também uma gestora de referência”, disse.
Vice-reitora na gestão 2006-2010, a professora e historiadora Heloísa Starling destacou a importância da recondução de uma reitora mulher em um momento em que “a democracia vive uma crise. A importância de termos a professora Sandra por mais quatro anos à frente da UFMG está relacionada ao fato de que precisamos ser fortes para que a educação pública e de qualidade prevaleça. Sandra é uma mulher com voz pública, e isso é essencial para que possamos resistir".
A secretária de Educação de Belo Horizonte, Ângela Dalben, que também é professora da UFMG, qualificou a recondução da professora Sandra Goulart como "uma vitória da competência, da excelência, da união e da democracia universitária". Segundo ela, a consulta eleitoral que resultou na escolha de Sandra e Alessandro comprovou mais uma vez a liderança da UFMG e a prevalência de um estilo próprio, bem mineiro, de conduzir processos desafiadores.
O posicionamento da UFMG na luta pelo ensino de qualidade foi destacado pelo professor Álvaro Rico, secretário-executivo da Associação de Universidades do Grupo Montevidéu (AUGM). Rico afirmou que Sandra sempre manteve posição em defesa da universidade pública e de sua autonomia, pautando as discussões do grupo. “A UFMG tem papel protagonista na AUGM, e as suas iniciativas servem de modelo para as outras instituições que integram o grupo. Em maio, ela estará em Barcelona nos representando na Terceira Conferência Mundial de Educação Superior da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), e temos certeza de que ela trará muitas reflexões para que possamos evoluir juntos”, concluiu.