Pesquisa e Inovação

‘Calixcoca traz esperança, mas não é panaceia’, alerta Frederico Garcia

Em entrevista, professor da Faculdade de Medicina fala dos desafios que permeiam o desenvolvimento de uma vacina terapêutica contra a dependência química

Frederico Garcia:
Frederico Garcia: questões complexas e multifatoriais estão associadas à dependênciaFoto: Centro de Comunicação Social da Faculdade de Medicina da UFMG

O anúncio do desenvolvimento na UFMG de uma vacina terapêutica – a Calixcoca –, tratamento promissor para processos biológicos associados à dependência química, despertou uma onda de esperança entre autoridades públicas de saúde, familiares e pessoas com transtornos por uso de cocaína, que passaram a ver no composto um trunfo na guerra às drogas, que têm provocado consideráveis perdas humanas, sociais e econômicas em todo o mundo. 

No entanto, o coordenador dos estudos, o professor da Faculdade de Medicina Frederico Garcia, médico psiquiatra que conhece profundamente a complexidade do tema, pede cautela. Ele avalia que a vacina, caso fique disponível para a população após passar por todas as suas etapas de testes, não pode ser vista como uma solução única e definitiva. “A vacina não é uma panaceia. Ela não seria indicada indiscriminadamente para todas as pessoas com transtorno por uso de cocaína. É preciso fazer uma avaliação científica para identificar com precisão como ela funcionaria e para quem, de fato, ela seria eficaz”, alerta o professor. 

Em entrevista ao Portal UFMG, Frederico Garcia descreve os desafios associados ao desenvolvimento da vacina – a primeira do mundo com uma plataforma não proteica e com capacidade imunogênica para tratar a dependência de cocaína e crack –, fala da expectativa para o início dos testes clínicos, estágio em que será possível avaliar a segurança e a eficácia do medicamento em pacientes, e chama a atenção para a delicadeza do tema da dependência química, tão permeado de estigmas e vulnerabilidades sociais.  

Leia os principais trechos da entrevista:

O Brasil é segundo o país onde mais se consome cocaína e crack, atrás apenas dos Estados Unidos. Na condição de médico psiquiatra, como o senhor analisa a relação da dependência química com as populações vulneráveis?
Esse lugar do qual falo é delicado, pois, como médico e coordenador do Núcleo de Pesquisa em Vulnerabilidade e Saúde (NAVeS), conheço o sofrimento das pessoas acometidas por uma dependência de cocaína e de suas famílias, sempre buscando contribuir com seu tratamento. São questões complexas, multifatoriais, que não envolvem apenas o fator biológico, mas também os aspectos psicológico, sociológico e econômico. E quando se nega um desses fatores para tratar esse tema, ele se torna ainda mais delicado.  

O nosso grupo de pesquisa, o NAVeS, existe há dez anos e tem como vocação uma visão multidisciplinar das populações altamente vulneráveis como as pessoas em situação de rua, os atingidos por barragens, as pessoas com esquizofrenia e os dependentes químicos. Ainda neste ano, vamos incluir as pessoas em privação de liberdade no nosso escopo de atuação. É um grupo interdisciplinar, que reúne pesquisadores da áreas de medicina, enfermagem, farmácia, química, veterinária, direito, música e outras conforme o tema demanda. Integramos vários conhecimentos e formas de pensar, com o objetivo de buscar soluções que ajudem a melhorar a vida das pessoas e as políticas públicas. Atuamos em diversas frentes, produzindo dados epidemiológicos e censos sobre o perfil dessas populações, com pesquisas próprias ou contratadas por órgãos públicos, além do desenvolvimento de técnicas diagnósticas e soluções terapêuticas, como a própria vacina.

Dados do Ministério da Saúde mostram que o abuso de álcool e outras drogas é responsável por 20% das internações por transtornos mentais. É correto definir dependência química como uma doença mental?
Apesar de ser uma doença multifatorial, ela também é uma doença do cérebro. É assim que define a pesquisadora Nora Volkow, uma das maiores estudiosas da área e diretora do Instituto Nacional de Abuso de Drogas (Nida), dos Estados Unidos. Nos últimos 30 anos, acumulamos um arcabouço significativo de pesquisas que nos autoriza a fazer essa afirmação. Primeiro, porque, diferentemente de outras doenças mentais, a dependência tem uma causa muito bem determinada. Não existe dependência química se não se consome drogas. Em segundo lugar, esse arcabouço de evidências sobre a dependência química – o melhor que temos para as doenças da área psiquiátrica – revela que ratos, cães, porcos, camundongos, macacos e seres humanos desenvolvem comportamento parecido quando expostos por tempo prolongado, de forma repetida, às drogas. As lesões causadas no funcionamento do cérebro são semelhantes em todos eles. Essas lesões produzem compulsão e perda de controle e levam esses seres a abdicar das coisas importantes para sua própria sobrevivência; eles vão se negligenciando, e ocorre uma alteração do funcionamento do circuito de recompensa.

Como funciona esse circuito e quais as alterações provocadas pelas drogas no cérebro?
Esse circuito de recompensa tem um nome até inapropriado, porque sua função não é a de recompensar. Ele é supercomplexo e interage com muitos outros circuitos. Em linhas gerais, ele é responsável pela nossa sobrevivência, fazendo que o cérebro guarde pistas visuais, táteis, olfativas e outras, para aumentar nossa chance de comer, beber e reproduzir. As drogas causam efeitos psíquicos diferentes, mas todas acarretam lesões que provocam uma espécie de curto-circuito desse sistema, de modo que essas três funções acabam perdendo valor em detrimento da dependência das drogas. O usuário tem esse circuito hiperativado, e isso faz o cérebro guardar pistas que não têm nada a ver com essa sobrevivência; ao contrário, ele tende a procurar cada vez mais as drogas.

Existe diferença no potencial de dependência de uma droga para outra ou entre as pessoas usuárias?
Algumas drogas modificam mais rapidamente esse circuito do que outras. Essas modificações podem acelerar a lesão do circuito e o processo de dependência química. A cocaína é um problema, porque, diferentemente das outras drogas, ela age de forma direta no circuito de recompensa e inibe a recaptação de dopamina do dependente. É como se a cocaína agisse no ponto central de todo esse sistema, gerando grande dificuldade de abandonar seu consumo. A forma de usar também influencia. A cocaína e o crack são praticamente a mesma substância, mas ativam o circuito de formas distintas. Como a cocaína é cheirada, a velocidade de absorção é menor do que a absorção do crack, que é fumado e, por isso, causa mais dependência. Fatores genéticos também influenciam e podem aumentar o risco da dependência.

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Desenvolvimento da vacina mobiliza pesquisadores das faculdades de Medicina e de Farmácia e do ICExFoto: Centro de Comunicação Social | Faculdade de Medicina

O modo como a cocaína age no cérebro também influencia a dificuldade de se encontrar um medicamento mais eficaz para ajudar os dependentes a abandonar o vício?
Não usamos o termo vício; o termo técnico é dependência de cocaína. Essa doença para cocaína tem hoje um prognóstico muito ruim, porque não existe, no mundo, nenhuma medicação específica para tratar as pessoas com dependência dessa droga. Para outras drogas, como o tabagismo, evoluímos com a reposição de nicotina e a bupropiona, por exemplo. Esses medicamentos ajudam a modular o cérebro e possibilitam que a pessoa fique sem fumar por mais tempo. No caso do tabaco, o sucesso salta de 7% para quase 60% de abstinência, em um ano, quando usamos a medicação específica. Infelizmente, para os dependentes de cocaína, ainda não temos nenhum medicamento registrado em agências regulatórias. O tratamento usual, feito com psicoterapia individual e de grupo, acompanhamento social, internação para abstinência e outras práticas, ainda tem resultado muito limitado. Apenas um em cada cinco dependentes consegue retomar sua vida em cinco anos. E a cocaína é uma droga cada vez mais consumida no Brasil. Dados de 2012 já revelavam a existência de 1,8 milhão de usuários de cocaína e crack –  um em cada quatro se tornaria dependente. Estudo recente indicou que o volume de cocaína apreendida aumentou muito nos últimos dez anos. Isso significa que cada vez mais pessoas poderão se tornar dependentes – um em cada cinco usuários regulares. Em relação ao consumo de outras drogas, o problema não é menor. É o caso do álcool, no Brasil.  

Como a vacina Calixcoca age no cérebro dos dependentes de cocaína e crack como tratamento psiquiátrico?
Primeiramente, é muito importante enfatizar que a vacina não é uma panaceia. Ela está sendo desenvolvida com critérios técnicos e científicos muito singulares e específicos. Dessa forma, erra quem acredita que ela possa ser utilizada para todos os usuários, indiscriminadamente. A Calixcoca é objeto de uma pesquisa iniciada há dez anos, e, neste momento, ainda não temos nenhuma evidência clínica para dizer em quem ela vai funcionar ou não. Os resultados em animais são muito promissores. Ela produz anticorpos anticocaína, que impedem a passagem da droga pela barreira protetora do nosso cérebro, evitando que o seu efeito seja percebido pelo animal. Ela se mostrou segura em pelo menos três espécies de animais. Tudo isso prenuncia que ela pode ser útil no tratamento de pessoas com dependências, e, por essa razão, os estudos clínicos que avaliam segurança e eficácia em humanos são imprescindíveis. A gente precisa fazer essa avaliação para identificar em quem ela funcionaria, com quanto de vacina, com qual frequência, qual o efeito e qual a melhora no prognóstico dos pacientes. Sem estudos clínicos, ela não passa de mera especulação de esperança para as pessoas com dependência ou para seus familiares. Nosso grupo de pesquisa, desde a prova de conceito, segue o preceito de que só a pesquisa mostra a que veio a Calixcoca, assim como a vacina contra a covid-19, a SpiN-Tec, também nascida na UFMG. As regras para o desenvolvimento de medicamentos são claras: mesmo havendo bons resultados em animais, é imprescindível fazer estudos clínicos para responder a essas questões. Se a vacina vier a melhorar o prognóstico do tratamento usual para a dependência de cocaína e crack em estudo de fase 2, que bom, seguiremos para a fase 3; se essa etapa for positiva, que bom, pedimos aos órgãos regulatórios para registrar o medicamento. Antes disso, evocar efeitos mágicos, fantásticos, biopolíticos e sanitaristas da vacina no tratamento de dependentes é um desserviço para as pessoas que sofrem tanto com essa doença. Mas, se conseguirmos transladar os efeitos obtidos com camundongos e macacos para humanos, talvez seja possível melhorar esse prognóstico, pois a vacina pode diminuir a reativação do circuito de recompensa do cérebro, prolongando o estado de abstinência dos dependentes.

A molécula da vacina, a UFMG-V4N2, criada sinteticamente em laboratório, induz o sistema imune a produzir anticorpos que se ligam à cocaína na corrente sanguínea. Essa ligação transforma a droga em uma molécula grande, que não passa pela barreira hematoencefálica, reduzindo os efeitos da droga no organismo.

Que resultado o deixou mais animado até agora?
O dado mais importante que obtivemos até o momento em animais foi a ação de prevenção à exposição de cocaína nas ratas gestantes e seus filhotes. Não existe, no mundo, nenhuma estratégia de prevenção de doença mental como essa. Somos o primeiro grupo de pesquisadores a conseguir gerar esse efeito — as ratas que receberam cocaína e a vacina ganharam 50% de peso e tiveram redução de 30% do número de abortos em decorrência do uso da vacina. Além disso, os filhotes ficaram protegidos dos efeitos da droga, por meio dos anticorpos, que se prolongaram no leite materno por até um ano. Esse efeito beneficia a mãe que não consegue parar de usar droga durante a gestação e protege o bebê da exposição a ela durante esse período. Essa é a aplicação em prevenção mais bonita, que melhoraria o acesso das mães a seus filhos e daria a elas a possibilidade de protegê-los de alguma forma.

Exames de cintilografia comparam moléculas de cocaína marcadas radiotivamente que chegam ao cérebro de ratos vacinados (à direita) e de grupo controle (à esquerda)
Exames de cintilografia comparam moléculas de cocaína marcadas radiotivamente que chegam ao cérebro de ratos vacinados (à direita) e de grupo controle (à esquerda) Imagem: Centro de Comunicação Social | Faculdade de Medicina da UFMG

Para quem mais a vacina poderia ser indicada?

Acreditamos que a vacina possa complementar os tratamentos usuais para a dependência química desenvolvidos por equipes multidisciplinares, compostas de médicos, enfermeiros, psicólogos, assistentes sociais e terapeutas ocupacionais. Os resultados do tratamento usual são ainda muito baixos. Para se ter uma ideia, apenas um em cada cinco dependentes em programas de tratamento consegue deixar ou passa a lidar com a droga de maneira a não comprometer seu funcionamento social, profissional ou familiar. Isso acontece porque a cocaína, cada vez que é consumida, reativa o circuito de recompensa, e essa reativação leva o usuário novamente à compulsão e à perda de controle. Acreditamos que esse prognóstico possa ser melhorado bloqueando a passagem da droga na corrente sanguínea nos pacientes em abstinência. O impacto produzido pela vacina não é jogo de adivinhação, mas resultado de pesquisas clínicas sérias, como a que estamos propondo desde que nos engajamos no desenvolvimento desse novo medicamento. Por isso, temos planejados estudos de fase 1, para avaliar a segurança, e de fase 2, para avaliar a eficácia da vacina. Os estudos de fase 2 deverão incluir pacientes com um perfil muito específico, porque acreditamos que ele seja o maior beneficiado com os efeitos da vacina. Esse perfil compreende pessoas que estejam em um tratamento hospitalar, que tenham entrado em abstinência e que desejem manter-se em abstinência quando receberem alta. Se esse estudo mostrar que as pessoas que receberão a vacina terão um melhor resultado com o tratamento usual, quando comparado com aquelas que receberão uma vacina placebo, ainda teremos que replicar os resultados em um estudo de fase 3, que incluirá vários outros centros de pesquisa. 

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Pesquisadora exibe frasco da vacina: uso deve ser avaliado por meio de critérios clínicosFoto: Centro de Comunicação Social | Faculdade de Medicina da UFMG

O que se pode esperar dos testes em humanos?
Caso os resultados obtidos em animais se reproduzam em humanos, podemos imaginar que será possível aumentar as chances da pessoa com dependência manter-se em abstinência, proporcionando a ela uma oportunidade para que retome sua vida, desejos e projetos. Por isso, insistimos que a vacina não é para todas as pessoas com dependência e que ela dificilmente funcionará se for usada sem critérios clínicos. Por isso, ela não é a solução para locais que reúnem pessoas como as que estão nas chamadas cracolândias, onde, além da droga, há situações de grande vulnerabilidade social, psíquica, habitacional, alimentar, que são fatores causadores ou complicadores da dependência. Ali não está presente apenas o fator biológico, mas também a miséria, o isolamento social, os estigmas e uma série de questões que condicionam aquelas pessoas à inércia social, o que as compele a continuar dependentes. A dependência química é a doença da liberdade — da mesma forma que o paciente esquizofrênico não escolhe delirar, o dependente químico não escolhe recair e usar drogas. Ele é compelido pela doença.

Como o senhor avalia a expectativa internacional em relação à Calixcoca, considerando a histórica falta de infraestrutura e regulamentação para esse tipo de pesquisa nas universidades públicas e nos centros de pesquisa brasileiros?
O Brasil é signatário de um tratado com a OCDE [Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico], que harmonizou no mundo todo a forma de desenvolver e registrar medicamentos em agências regulatórias. Isso é muito importante, pois estabeleceu um conjunto de regras claras para que os países possam desenvolver, registrar e comercializar medicamentos mais rapidamente. Contudo, embora o tratado tenha sido assinado há mais de dez anos, o governo ainda não investiu na criação de uma plataforma de pesquisa que atenda a essas regras e para que se possa criar novos medicamentos nas universidades públicas. Isso gera um vale da morte para a inovação farmacêutica. Fazemos boas provas de conceito e não conseguimos passar delas. Muitas patentes são engavetadas ou transferidas abaixo do custo de desenvolvimento para serem aplicadas fora do Brasil. Essa situação é muito ruim para o país, pois continuamos importadores de medicamentos, apesar de termos patentes de medicamentos potencialmente melhores. A nossa vacina é um exemplo de superação desse vale da morte e faz parte de um projeto muito maior, que pode contribuir para romper esse ciclo vicioso. São poucas universidades no mundo que conseguem fazer um medicamento desde a prova de conceito até o estudo clínico. Existe uma vontade institucional e científica muito forte de construir uma plataforma para o desenvolvimento de novos medicamentos no âmbito da UFMG, e, se conseguirmos, isso poderá ajudar outras universidades a romper esse ciclo e a retomar a soberania do país na produção de medicamentos.

Como o advento dessa vacina pode contribuir para o fortalecimento das redes de atendimento?
A vacina traz uma grande expectativa, pois o dinheiro aplicado em iniciativas de saúde mental no país é pequeno. Menos de 5% dos recursos do Ministério da Saúde é destinado à área, e as doenças mentais estão entre os maiores desafios da atualidade. Dispor de medicamentos de última geração ajuda essas redes a ser mais eficazes e a tratar seus pacientes com mais equidade e humanidade. Assim, o maior ganho, caso a vacina Calixcoca se mostre segura e eficaz, é o de trazer esperança para as famílias dos dependentes de cocaína, que estão esperando, há tantos anos, alguma forma de tratamento para os seus familiares. 

Continuidade dos estudos depende de recursos

A Calixcoca, que já é financiada pelos governos federal e de Minas Gerais e com recursos de emendas parlamentares, precisa de mais verbas para ter continuidade. No fim de agosto, a reitora Sandra Regina Goulart Almeida e o próprio professor Frederico Garcia apresentaram o projeto da vacina ao ministro Camilo Santana, da Educação, e solicitaram apoio governamental para dar prosseguimento aos testes. Em julho, o secretário de Estado de Saúde, Fábio Baccheretti, anunciou, durante visita da ministra Nísia Trindade à UFMG, o aporte de R$ 10 milhões no projeto

Além de Frederico Garcia, os estudos reúnem os professores Maila de Castro, da Faculdade de Medicina, Gisele Goulart, da Faculdade de Farmácia, Ângelo de Fátima, do Instituto de Ciências Exatas, e os pesquisadores do Núcleo de Pesquisa em Vulnerabilidade e Saúde (NAVeS) Paulo Sérgio de Almeida, Raissa Pereira, Sordaini Caligiorne, Brian Sabato, Bruna Assis, Larissa do Espírito Santo e Karine Reis.

Juntamente com a SpiN-Tec, imunizante contra a covid-19 também desenvolvido na UFMG, a Calixcoca concorre na etapa final do Prêmio Euro Inovação na Saúde, que reconhece inovações da área médica e incentiva o desenvolvimento de soluções de grande impacto. O resultado deverá ser anunciado no dia 18 de outubro.

O secretário Estadual de Saúde (à esquerda) anunciou a liberação de R$ 10 milhões para os estudos durante visita da ministra Nísia Trindade à UFMG
O secretário de Saúde de Minas Gerais, Fábio Baccheretti (à esquerda), anunciou a liberação de R$ 10 milhões para os estudos durante visita da ministra Nísia Trindade à UFMG Foto: Foca Lisboa | UFMG

Teresa Sanches