Casos de monkeypox levam à associação homofóbica do surgimento da doença
Pesquisadora da CâmaraPox MCTI e professora de Microbiologia da UFMG Giliane Trindade esclarece dúvidas sobre monkeypox
A monkeypox passou a preocupar as autoridades de saúde pública, devido ao aumento exponencial de casos nas últimas semanas. Endêmica na África, a doença tem como principais sintomas dores de cabeça e no corpo, fadiga, lesões cutâneas e inflamação de linfonodos, e é transmitida por meio de contato direto com secreções respiratórias, lesões na pele, além de fluídos corporais e objetos contaminados.
Com o aumento dos casos entre homens que fazem sexo com homens, o número de notícias homofóbicas e estigmatizantes de tal população está crescendo. Esse tipo de preconceito é prejudicial à população LGBT+ e à boa resolução de problemas de saúde pública. Em entrevista à TV UFMG, Giliane Trindade comenta a prejudicialidade desses comentários LGBT+fóbicos, além de responder a questões científicas sobre a doença.
A comunidade científica alerta também para a agressão e morte de macacos e indica o uso do termo "monkeypox'' para evitar a perseguição e morte desses animais, que também são negativamente afetados pela doença.
Equipe: Helena Mastrobuono (produção); Márcia Botelho (edição de imagens); Ruleandson do Carmo (edição de conteúdo).