Ensino

Centro da UFMG que atua no escalonamento de tecnologias e modelagem de negócios é premiado

Vinculado ao ICEx, Escalab foi reconhecido pela Sociedade Brasileira de Química

Equipe do Ecolab na solenidade de premiação: Diego Lopes, Maria Duarte e Davyston Pedersoli
Equipe do Ecolab na solenidade de premiação: Diego Lopes, Maria Duarte (com a placa) e Davyston Pedersoli Nildomar Oliveira

O Centro de Escalonamento de Tecnologias e Modelagem de Negócios (Escalab), do Departamento de Química, foi o vencedor do Prêmio SBQ de Inovação Fernando Galembeck, entregue durante a 45ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira de Química (SBQ), realizada no início deste mês, em Maceió.

A premiação, que reconhece pessoas ou instituições por suas atuações nas áreas da ciência e tecnologias, foi concedido ao Escalab pela “competência e pelo pioneirismo do Centro no escalonamento de tecnologias e negócios, algo de que o Brasil ainda é carente”, conforme afirmou o presidente da SBQ, Romeu Cardozo Rocha Filho, durante a cerimônia.

Em menos de quatro anos de existência, o Escalab, cuja atuação é focada nas áreas de química, física e engenharia e na transformação de resíduos ou rejeitos e desenvolvimento de novos produtos e processos ligados à sustentabilidade, fechou mais de R$ 3 milhões em projetos com indústrias nacionais, segundo sua gestora e idealizadora, Maria Duarte.

Atuação
O Centro de Escalonamento de Tecnologias e Modelagem de Negócios executa programas de inovação aberta, que põem pesquisadores diante de problemas da sociedade ou de alguma indústria e os capacita a desenvolver soluções e chegar ao mercado. As equipes ou startups são selecionadas por meio de editais, e o Escalab oferece infraestrutura, tecnologias e equipe para acompanhar os selecionados.

Durante as fases iniciais da pandemia de covid-19 no Brasil, o Escalab foi responsável pela elaboração de álcool 70% e, em  parceria com o Senai, produziu e doou mais de 200 mil litros de álcool glicerinado.

Outros programas realizados são o MinerAll, em parceria com a Samarco, o Escale-se, apoiado pela Fapemig e pela RHI Magnesita, e o Mining Lab Beginnings, que chega à sua segunda edição com um desafio para a destinação de resíduo gerado em refinarias do Peru.

“Esses programas são fruto de uma trajetória de 15 anos. A gente trabalhou na criação de várias empresas, na incubação, em pré-aceleração e aceleração de projetos. Nos últimos dois anos, conseguimos ganhar uma experiência muito importante em termos de metodologia, modelagem de negócios e levamos várias tecnologias para o mercado”, destaca o coordenador do Centro, professor  Rochel Montero Lago.