Institucional

Comissão Complementar à Autodeclaração vai selecionar novos integrantes

Grupo atuará nas bancas de heteroidentificação de candidatos que se declaram negros e na confirmação documental de candidatos indígenas nos processos seletivos da UFMG

Sala de espera para candidatos que aguardavam atendimento em banca de verificação ou procedimento de heteroidentificação
Sala em que candidatos aguardam atendimento da banca de heteroidentificação: instrumento contribui para amadurecer processo de cumprimento da Lei de CotasFoca Lisboa / UFMG

A Comissão Permanente de Ações Afirmativas e Inclusão da UFMG (CPAAI/UFMG), vinculada ao Gabinete da Reitora, lançou chamada pública para estudantes, servidores técnico-administrativos e docentes interessados em atuar na Comissão Complementar à Autodeclaração Étnico-racial em 2023. O edital visa reunir grupos que serão responsáveis por confirmar ou não a autodeclaração étnico-racial dos candidatos aprovados via Sistema de Seleção Unificada (Sisu) que optaram pelas vagas reservadas a pessoas negras egressas de escolas públicas, além da confirmação documental dos candidatos indígenas.

Podem concorrer servidores docentes e técnico-administrativos em efetivo exercício na UFMG e estudantes de graduação e de pós-graduação. Os inscritos não podem ter participado como candidatos na modalidade de reserva de vagas de nenhum processo seletivo durante a vigência da comissão. As inscrições devem ser feitas por meio de preenchimento de formulário on-line até 27 de janeiro.

Segundo o professor Rodrigo Ednilson de Jesus, presidente da Comissão de Ações Afirmativas e Inclusão da UFMG, a participação de membros da comunidade acadêmica nas bancas de heteroidentificação possibilita uma formação interna em questões sobre relações raciais, ações afirmativas e identidades. 

Rodrigo Ednilson de Jesus: 10 anos não são suficientes para reparar 300 anos de escravidão
Rodrigo Ednilson: participação nas bancas tem caráter educativoFoca Lisboa | UFMG

"Não se trata de uma atuação apenas técnica, e sim de um espaço educativo para  pensar esses temas. Além disso, a participação nas bancas gera troca de conhecimentos e experiências entre a comunidade universitária, visto que a comissão é um espaço onde as pessoas se encontram não mediadas pelos seus locais de atuação na UFMG, mas, sim, como agentes que defendem as políticas públicas", diz. 

Curso presencial
No processo seletivo para a formação das bancas de heteroidentificação que atuaram no ano passado foram formadas cerca de 40 bancas, com cinco membros cada uma, que atenderam mais de dois mil candidatos aos cursos de graduação da Universidade. Neste ano, a novidade será a realização de um curso presencial com os selecionados para integrar as bancas, que ocorrerá em duas manhãs do mês de fevereiro. 

Em outubro, os membros da Comissão que atuaram ao longo de 2022 se reuniram em um seminário para avaliar suas ações. A intenção com a nova chamada é que outros membros da comunidade universitária tenham a oportunidade de participar do processo.

Veja o edital que regulamenta a formação das bancas de heteroidentificação:

Saiba mais sobre as bancas neste vídeo produzido pela TV UFMG:

Luana Macieira