Conectividade veicular é a capacidade de veículos trocarem informações, de forma remota, com outros veículos, estruturas, fabricantes e provedores de serviços. E é também o foco de uma nova linha do Programa Rota 2030 que ficará a cargo da Fundação de Apoio da UFMG (Fundep). A proposta técnica de coordenação da linha – elaborada juntamente com um comitê interdisciplinar formado por professores do Departamento de Ciência da Computação (DCC) e da Escola de Engenharia da UFMG – superou proposições de outras cinco instituições de ciência e tecnologia do país. Com o resultado, a Fundep passa a ser responsável por metade das linhas do programa, criado para fomentar o desenvolvimento tecnológico e industrial do setor automotivo e sua cadeia de produção.

A seleção foi realizada pela Secretaria de Desenvolvimento da Indústria, Comércio, Serviços e Inovação (SDIC) do Ministério da Economia, responsável pelo Rota 2030.  A Linha VI – Estímulo à produção de tecnologias relacionadas à conectividade veicular – é a terceira sob responsabilidade da Fundep, que coordena ainda a Linha IV – Ferramentarias brasileiras mais competitivas – e a Linha V – Biocombustíveis, segurança veicular e propulsão alternativa à combustão.

Por meio da Linha VI, o programa vai promover pesquisa, desenvolvimento e inovação (PDI) em conectividade veicular, de forma a gerar impacto positivo na cadeia de produção do setor automotivo. O escopo da nova vertente abrange inovações em veículos autônomos, conectividade no interior dos veículos e com o ambiente externo, infraestrutura de conectividade para centros urbanos e rodovias, novos modelos de negócios baseados no uso de dados gerados pelos veículos e tecnologias de segurança de dados.

De acordo com a coordenadora de Gestão de Programas da Fundep, Ana Eliza Braga, os resultados esperados para a Linha VI incluem estruturar um sistema de aprendizado nacional e promover novos modelos de negócios relativos à conectividade veicular. "Para potencializar os resultados, é proposta da linha também realizar workshops e capacitação de profissionais na área", explica.

“Esses resultados complementam focos das demais linhas do programa, particularmente daquelas já coordenadas pela Fundep”, esclarece Ana Eliza, acrescentando que, desde 2019, quando se integrou ao Rota 2030, a Fundep passou a criar comunidades de escuta e prática, com membros diversos da indústria, academia e entidades do setor. “Conectar esses agentes gera significado e fortalece a nossa rede de atuação", afirma. A proposta técnica elaborada pela Fundep e pela UFMG prevê a captação e execução de R$ 200 milhões no âmbito da Linha VI.

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