Institucionalidade, diálogo e transparência sustentam modelo de gestão da nova direção do IGC
Carlos Ferreira Lobo e Tiago Amâncio Novo foram empossados nesta segunda; dupla vai comandar a Unidade nos próximos quatro anos
A nova diretoria da Instituto de Geociências (IGC) da UFMG tomou posse na manhã desta segunda-feira, 2, em uma cerimônia presencial, mas restrita a poucos convidados. Presencialmente, participaram apenas membros titulares da congregação e autoridades internas do IGC, além de ex-diretores e pró-reitores. A cerimônia foi transmitida pelo canal do IGC no YouTube e segue disponível para ser assistida assincronamente.
Carlos Fernando Ferreira Lobo, professor do Departamento de Geografia, assumiu como diretor; Tiago Amâncio Novo, professor do Departamento de Geologia, como vice. Na cerimônia de posse, a dupla foi saudada pela professora Cristina Helena Ribeiro Rocha Augustin, diretora do IGC na gestão 2006-2010. A dupla sucede as professoras Vilma Lúcia Macagnan Carvalho, do Departamento de Geografia, e Maria Giovana Parizzi, do Departamento de Geologia. Vilma e Giovana foram saudadas por Simone Justino de Morais, secretária geral do IGC.
Afinco, leveza e tranquilidade
Durante a cerimônia, a reitora Sandra Regina Goulart Almeida agradeceu a Vilma e Giovana “pela dedicação, pelo afinco, pelo empenho e principalmente pela leveza e tranquilidade” com que conduziram o IGC na gestão 2018-2022. “Obrigada pelo apoio, pela parceria, pelas presenças constantes durante a nossa gestão, pelo comprometimento com os interesses coletivos da UFMG, pela seriedade e pela justeza de seus posicionamentos e pela força que vocês nos deram em todos os momentos destes últimos quatro anos”, disse a reitora.
Dirigindo-se aos novos diretores, Sandra lembrou a responsabilidade que a nova gestão tem pela frente neste novo ciclo de quatro anos. “A ambos desejamos sucesso e êxito em suas novas funções. Que elas sejam, apesar de árduas e desafiadoras, instigantes e inspiradoras para todos”, disse a reitora. “Unidos seremos mais fortes e mais bem preparados para a incansável luta pela universidade pública de qualidade e referência para o nosso país e de relevância para a nossa sociedade”, disse Sandra.
Balanço
“A questão do espaço físico era e continua a ser o grande gargalo para o IGC”, introduziu Vilma Carvalho, em seu discurso de despedida. “Na impossibilidade de expandi-lo naquele momento, optamos por reorganizar alguns setores para melhor acomodar laboratórios de ensino e pesquisa, salas de aula especializadas e setores administrativos”, lembrou. “Mas ainda será preciso expandir o Laboratório de Geoinformática (LGI) e buscar uma melhor acomodação para as empresas juniores. Temos muitos projetos de pesquisa aguardando espaços que possibilitem tanto a instalação de equipamentos adquiridos como seu desenvolvimento satisfatório”, pontuou.
“Como medida paliativa, abrimos nova sala de reuniões, mas sabemos que só a construção do novo anexo pode trazer espaço suficiente para a nossa expansão. Não temos mais como crescer sem nos desfazermos de salas de aula e gabinetes, que já se encontram em número mínimo”, argumentou. “Limitadas nessa questão, focamos em outras demandas também importantes, como a troca de boa parte dos computadores, que estavam obsoletos. Providenciamos o sistema de distribuição e reserva de salas de aula, realizamos serviços de instalação e reforma de pisos e armários em diversos setores, além de nova pintura em salas de aula, gabinetes, setores administrativos e corredores internos”, exemplificou Vilma.
“Apesar de todas as dificuldades, vimos a UFMG crescer, e o IGC, com ela”, ponderou a ex-diretora, que foi vice-diretora na gestão 2014-2018, sob a liderança da professora Maria Márcia Magela Machado, hoje pró-reitora de Recursos Humanos (PRORH). “Se não da forma espacial, nossa capacidade intelectual e de representação na sociedade avançou muito”, disse. “O aumento da participação dos nossos professores na pesquisa e extensão foi significativo, resultado do envolvimento dos nossos programas de pós-graduação no Capes/Print, dos diferentes subprojetos vinculados ao Projeto Brumadinho, do trabalho desenvolvido em nossos laboratórios e de ações individuais que resultaram em acordos de cooperação com outras instituições, externas à UFMG”, elencou Vilma Carvalho.
Desafios
Em seu discurso, Carlos Lobo enumerou as quatro vertentes da sua proposta de gestão: transparência, diálogo e cooperação, administração ativa e participativa, valorização do trabalho individual e coletivo e modernização da infraestrutura e dos serviços. “Essas vertentes convergem em um modelo de gestão cujos alicerces se sustentam na institucionalidade, no diálogo e na transparência. Circunscrita e limitada aos interesses da Universidade, teremos como base a autonomia da Unidade, sendo firmes na defesa de nossas necessidades”, demarcou.
“Mais especificamente, temos uma série de demandas, algumas estruturais e outras emergenciais, que impõem um enorme desafio à gestão”, disse Carlos Lobo, citando o tema da aguardada expansão do prédio do IGC com a construção de um anexo. “Também precisamos ‘salvar’ o Instituto Casa da Glória, tão desgastado pela ação do tempo. Entre outras funções, a Casa da Glória abriga e apoia projetos de pesquisa e atividades práticas de ensino, oferecendo suporte aos nossos trabalhos de campo – e tem grande importância histórica e cultural para o município de Diamantina e o estado de Minas Gerais”, lembrou.
“Outro desafio é a necessidade de consolidar uma linha regular e adequada de recursos para a logística e custeio de nossos trabalhos de campo”, disse o novo diretor, tendo em vista a retomada das atividades presenciais em formato integral. “Além de serem atividades acadêmicas previstas nos respectivos planos de ensino, bem como nos próprios projetos pedagógicos de cada curso, os trabalhos de campo marcam nossa individualidade como unidade acadêmica. São parte da ‘alma’ de nossos cursos”, afirmou.
As diretrizes do mandato de Carlos Lobo e Tiago Amâncio Novo estão detalhadas na proposta de gestão tornada pública ao tempo de sua candidatura, que informa que os novos diretores querem “dar continuidade às ações bem-sucedidas das administrações anteriores e avançar no enfrentamento dos novos desafios que se apresentam na atualidade brasileira”. Entre as vertentes de atuação listadas no documento, destacam-se a intenção de fortalecer a transparência, priorizar o interesse institucional e fortalecer a sinergia entre departamentos e colegiados. O documento pode ser consultado aqui.