Extensão

'Interfaces' mostra a força da extensão no enfrentamento da covid-19

Em nova edição, revista da UFMG reúne reflexões sobre experiências desenvolvidas por grupos de várias instituições brasileiras

Capa da nova edição da Revista Interfaces
Capa da nova edição da Revista Interfaces Reprodução | Criação Thais Kiyomi

O papel desempenhado pela extensão universitária no enfrentamento da pandemia de covid-19 em meio às restrições orçamentárias é o eixo da nova edição da Interfaces — Revista de Extensão da UFMG —, que reúne artigos e relatos de experiências sobre atividades de diversas áreas, universidades e regiões brasileiras.

Em editorial, a publicação menciona os cortes e os bloqueios orçamentários sucessivos que têm impactado o desenvolvimento das atividades das Instituições de Ensino Superior (IES) públicas. “Outro elemento-chave nesse projeto de desmonte das IES públicas tem sido as investidas contra a autonomia universitária, garantida pela Constituição de 1988”, ressalta o editor-chefe da Interfaces, Leandro Diniz, que também destaca a importância das universidades públicas na formação de profissionais qualificados, o seu protagonismo na pesquisa científica e inovação no país, o reconhecimento pelos rankings internacionais e o papel desempenhado pela extensão.

Robótica para mulheres
Uma das experiências extensionistas apresentadas nesta edição é o Programa Sabará for Women, desenvolvido pelo Instituto Federal de Minas Gerais no município da Região Metropolitana de Belo Horizonte. A iniciativa oferece aulas de robótica e programação de computadores a alunas das escolas públicas da cidade. Em seu primeiro ano de atividade, formou mais de 80 mulheres.

Alunas de escolas públicas de Sabará que participaram do projeto de extensão PS4W, uma das iniciativas abordadas na Revista Interfaces
Alunas de escolas públicas de Sabará que participaram do projeto de extensão PS4W, uma das iniciativas abordadas na Revista Interfaces Divulgação IFMG

A revista também aborda a reinvenção do projeto Chá com drama: discussão e leitura dramática de textos teatrais, do curso de Artes Cênicas da Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD). Em razão da pandemia, o projeto suspendeu suas atividades presenciais e tomou outros rumos com a criação de uma radionovela.

O artigo da equipe do Projeto Educação Física Escolar na Perspectiva Inclusiva, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), mostra como as lutas brasileiras podem funcionar como estratégias pedagógicas. O texto propõe reflexões sobre a valorização das manifestações culturais do país em perspectiva inclusiva e antirracista.

Sorriso contra o câncer
Na área da saúde, uma das experiências relatadas é o Projeto Pronto Sorriso, vinculado à Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN) e à Liga Mossoroense de Estudos e Combate ao Câncer. A iniciativa vale-se da palhaçoterapia de hospital como apoio ao tratamento de pacientes oncológicos em Mossoró, no Rio Grande do Norte.  

Essas e as outras publicações, que são vinculadas à Pró-reitoria de Extensão (Proex) e têm periodicidade semestral, podem ser lidas na página eletrônica da revista. Os professores, estudantes e servidores técnico-administrativos envolvidos em pesquisas, projetos e atividades extensionistas podem submeter textos para publicação, que ficam disponíveis em português e espanhol.