Extensão

Medicina promove bazar de bijuterias para complementar renda de mulheres vulneráveis

Oficinas de restauração das peças organizadas pelo Projeto ‘Para elas’ atendem 260 pessoas em 11 comunidades de Belo Horizonte

Mulheres em atividade de oficina de reparo de bijuterias
Mulheres em atividade na oficina de restauração de bijuterias Foto: Carolina Faraco

O projeto Para elas, vinculado ao Núcleo de Promoção de Saúde e Paz da Faculdade de Medicina da UFMG, promove, nesta quarta-feira, dia 7, bazar para venda de bijuterias produzidas em oficinas de iniciativa do grupo. O evento será realizado das 9h às 17h, na entrada da Faculdade de Medicina da UFMG (Avenida Alfredo Balena, 190).

A ação é desdobramento de oficinas de restauração de bijuterias organizadas como forma de acolhimento, cuidado e apoio profissional a mulheres expostas à violência e em situação de vulnerabilidade social. Em 11 anos de projeto, mais de 1 mil mulheres já participaram das oficinas de restauração em Belo Horizonte. Além de aprender a trabalhar com bijuterias, as participantes também discorrem sobre temas relacionados às suas vivências, como as questões da violência e da saúde. 

Cerca de 260 mulheres são atendidas pelo Para elas. As oficinas são realizadas em 11 comunidades distribuídas em cinco regionais da cidade: Leste, Oeste, Norte, Centro-sul e Pampulha. Duas novas comunidades da regional Oeste serão incluídas em  breve. 

A iniciativa oferece também, em parceria com a Secretaria de Segurança e Prevenção de Belo Horizonte, cursos de corte e costura, gastronomia e design em bijuterias, respectivamente, nas comunidades de Taquaril, Granja de Freitas e Alto Vera Cruz, todas na região Leste. 

O Para elas reúne em sua equipe assistentes sociais, psicólogos, advogados, médicos e outros profissionais de saúde, sob a coordenação da professora Elza Machado de Melo, do Departamento de Medicina Preventiva e Social da Faculdade de Medicina.

Prevenção da violência e promoção da saúde
Desde 2011, o projeto Para elas contribui para a prevenção da violência e promoção da saúde da mulher. Além das oficinas que estimulam a geração de renda, há atividades que capacitam profissionais para atenção integral à saúde das mulheres. 

Até 2020, o projeto prestava atendimento ambulatorial a mulheres expostas à violência, no Instituto Jenny Faria, do Hospital das Clínicas (HC UFMG-Ebserh). Durante a pandemia, as atividades do HC sofreram alterações, e o atendimento ambulatorial foi suspenso. O retorno está previsto para o primeiro semestre de 2023. 

Centro de Comunicação Social da Faculdade de Medicina