"Minha Casa, Minha Vida" afastou população de centros onde há serviços e emprego, aponta estudo
Falhas no programa foram analisadas na coluna de questões metropolitanas desta semana
4.400.000 moradias construídas desde 2009. Esse é o saldo do programa "Minha Casa, Minha Vida", cujo objetivo é aquecer o mercado da construção e reduzir o déficit habitacional do país. Mas os resultados de uma pesquisa divulgada hoje (22/01) pelo Instituto Escolhas e pelo Centro de Política e Economia do Setor Público da Fundação Getúlio Vargas (FGV) mostram que apesar de ter atingido o objetivo de dar moradia à população mais pobre, os conjuntos foram colocados distantes dos grandes centros, onde ficam serviços e empregos.
Na coluna de Questões Metropolitanas desta semana, o pesquisador do Centro de Desenvolvimento e Planejamento Regional da UFMG (Cedeplar/UFMG), professor Roberto Monte-mór, analisa algumas falhas do programa. Para ele, programa atendeu à necessidades de construtoras e, em alguns casos, agravou o problema da habitação ao levar a população para as periferias das cidades sem condições econômicas de sobrevivência.