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Morre Márcio Flávio dos Reis, presidente da Assufemg

Sindicalista também ocupou postos de liderança no Sindifes e na Fasubra

Márcio Flávio dos Reis:
Márcio Flávio dos Reis foi um dos pioneiros do PT e da CUT em Minas GeraisFoto: Arquivo Sindifes

Morreu nesta segunda-feira, dia 12, o presidente da Associação dos Servidores da UFMG (Assufemg), Márcio Flávio dos Reis, liderança histórica do movimento sindical na Universidade. Márcio, que tinha 70 anos, sofreu um acidente na garagem de sua residência.

O velório será realizado nesta terça-feira, dia 13, a partir das 15h, na Casa do Sindifes (Alameda das Princesas, 1275, bairro São Luiz). O sepultamento está marcado para amanhã, dia 14, às 9h, no Cemitério da Paz (Avenida Presidente Carlos Luz, 850, bairro Caiçara).

Márcio Flávio dos Reis era técnico em segurança do trabalho na UFMG, onde ingressou em 1978. Na Universidade, destacou-se, sobretudo, por sua atuação no movimento sindical. De 1991 a 1993, ele foi vice-diretor regional da Federação de Sindicatos de Trabalhadores Técnico-administrativos em Instituições de Ensino Superior Públicas do Brasil (Fasubra) e coordenou, de 2002 a 2004, a área de Educação Política e Formação Sindical do Sindicato dos Trabalhadores nas Instituições Federais de Ensino Superior (Sindifes). Desde 2005, ocupava a presidência da Assufemg.

A reitora Sandra Regina Goulart Almeida lamentou o falecimento de Márcio Flávio, que, em sua avaliação, “contribuiu decisivamente para a história da Assufemg”. A jornalista Neide Dantas, coordenadora de Assuntos de Aposentadoria e Pensões do Sindifes, conta que conheceu Márcio Flávio em 1986. “Convivemos bastante, inclusive em lados eventualmente opostos, mas sempre reconhecendo no outro a capacidade de buscar, em primeiro lugar, a justiça social e a consolidação da esquerda como opção de organização da sociedade”, escreveu a jornalista em post em uma rede social.

'No desandar da carruagem'
Neide, que se aposentou em 2019 na Escola de Música, define Márcio Flávio como “um lutador que participava ativamente da construção do movimento dos trabalhadores na universidade” e conta que se divertia com sua capacidade de adaptar certas expressões ao seu modo peculiar de falar. “Quem não se lembra dele dizendo ‘apanhei junto com vocês, de corpo ausente’, quando estava em Brasília, no Comando Nacional de Greve da Fasubra, e nós, em Belo Horizonte, apanhando da Polícia Militar na Avenida Abrahão Caram, ou da célebre frase 'no desandar da carruagem é que saberemos...'"?, relembrou a amiga.

Em comunicado publicado em sua página, o Sindifes destaca que Márcio Flávio se orgulhava de ter sido um dos primeiros membros do Partido dos Trabalhadores (PT) e da Central Única dos Trabalhadores (CUT) em Minas Gerais. O sindicato também ressaltou que, na condição de presidente da Assufemg, Márcio Flávio liderou o processo de saneamento financeiro da entidade, que chegou a enfrentar um período de grande endividamento, e “trabalhou incansavelmente para que a associação recuperasse seu papel de fomentadora de cultura e lazer”.

Márcio Flávio dos Reis deixa a esposa, Carolina, e os filhos Anderson, Paula, Jakson e Thales.

Com informações do Sindifes