Notícias Externas

Movimentos sociais exigem aprovação imediata do Plano Diretor de BH

Carta assinada por 70 entidades é entregue a vereadores e ao prefeito Kalil

x
Um dos pontos mais polêmicos é com relação ao coeficiente de aproveitamento do terreno
Breno Pataro | Flickr PBH

Setenta entidades assinaram uma carta em que pedem, ao prefeito Alexandre Kalil e aos vereadores de BH, a aprovação do Plano Diretor da cidade, que tramita desde 2014. O texto afirma que o plano será uma contribuição significativa para a melhoria da cidade e precisa entrar em vigor imediatamente em conformida

de com o Estatuto das Cidades.

O texto em tramitação na Câmara Municipal deverá regularizar o uso e a ocupação do solo. Um dos pontos mais polêmicos é com relação ao coeficiente de aproveitamento do terreno. "Existe uma resistência muito grande por parte do setor imobiliário de perder seus lucros com a renda da terra", comenta Roberto Monte-mór, pesquisador do Centro de Desenvolvimento e Planejamento Regional da UFMG (Cedeplar), na coluna Questões Metropolitanas desta terça-feira, 24.

O fundo que prevê um subsídio para o transporte público municipal também é apontado como fundamental. "Apesar da mobilidade ser um direito, existe um controle muito grande das empresas de ônibus e uma recusa do poder público em subsidiar isso", critica o professor, que enfatiza a necessidade de votar e aprovar o texto até o final de 2017.

Os 70 movimentos sociais também pedem, entre outros pontos, atenção às comunidades tradicionais já reconhecidas como remanescentes quilombolas e a garantia de preservação de áreas verdes remanescentes - como a Mata do Planalto, o parque Jardim América e a Mata do Mosteiro.

ouca-a-conversa-com-vinícius-luiz-24-10-2017.mp3

Coluna veiculada no Jornal UFMG desta terça-feira, 24 de outubro de 2017.