Mulheres negras utilizam estratégias para concluírem Medicina
Trajetória acadêmica e profissional marcada por resistência é tema de dissertação
A trajetória acadêmica e profissional de mulheres negras que ingressaram no curso de graduação em Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais em 2009, primeiro ano da política afirmativa de bônus que antecedeu a implantação da Lei de Cotas de 2012, é tema de dissertação defendida em 2021 na Faculdade de Educação da UFMG.
A pesquisadora Ieda Abreu, mestre em educação (Fae-UFMG), trabalhou com o conceito de subjetivação do pensador francês Michel Foucault para analisar como as estudantes atuaram diante de preconceitos e discriminações raciais e de classe social e quais as estratégias de posicionamento utilizaram para ingressarem e se manterem na Faculdade de Medicina rumo ao mercado profissional.
Em entrevista à TV UFMG, a pesquisadora Ieda Abreu (mestre em educação na FaE /UFMG) e a médica Verônica Machado (Faculdade de Medicina/UFMG) falam sobre posicionamentos e estratégias utilizadas pelas estudantes para realizar o sonho de serem médicas e seguirem carreira profissional.
Comissão Permanente de Enfrentamento ao Racismo na Faculdade de Medicina foi instituída, em fevereiro de 2021, por meio de portaria assinada pela direção da Unidade. A comissão é comporta por estudantes negras e negros do Grupo de Estudos de Negritude e Interseccionalidades (Geni), estudantes indígenas, servidores técnicos-administrativos, professores e representantes estudantis dos cursos da Faculdade de Medicina.
Equipe: Soraya Fideles (produção), Otávio Zonatto (edição de imagens) e Flávia Moraes (edição de conteúdo).