'Universidade afirmativa': Nilma Lino Gomes e Rodrigo Ednilson fazem conferência nesta quinta
Evento integra o 'Novembro negro' e a série 'Futuro, essa palavra', que celebra os 95 anos da UFMG
A professora emérita Nilma Lino Gomes e o professor Rodrigo Ednilson de Jesus, presidente da Comissão de Ações Afirmativas e Inclusão da UFMG, farão a próxima conferência da série Futuro, essa palavra, nesta quinta, 10 de novembro, às 10 horas. O encontro, com o tema UFMG 95 anos: por uma Universidade afirmativa, será no auditório da Reitoria.
A conferência integra a programação do Novembro negro na UFMG, e a série é uma das atividades que celebram os 95 anos da Universidade, completados neste ano.
Nilma anuncia que falará das contribuições das Ações Afirmativas para democratizar mais as universidades públicas, com destaque para o aprendizado construído ao longo dos anos com a implementação das cotas para ingresso de pessoas negras e indígenas. “Essa é uma das marcas mais importantes da história da UFMG. E o futuro da instituição deverá ser cada vez mais diverso e democrático, ela deverá seguir se reinventando no que se refere a aspectos como currículos, assistência estudantil e internacionalização. O reconhecimento à diversidade é um dos eixos fundamentais da atuação da UFMG e das outras universidades públicas”, afirma a professora emérita.
Rodrigo Ednilson vai tratar dos desafios da institucionalização da política de ações afirmativas na UFMG e das mudanças ocorridas desde meados da década passada. “Havia alguma resistência ao debate na Universidade, e a chegada dos estudantes por meio das cotas intensificou a demanda por essas ações. Foram criadas a Pró-reitoria de Assuntos Estudantis, a política de viabilização da permanência desses estudantes e o financiamento de projetos como forma de ação afirmativa. Mais recentemente, temos iniciativas como o incremento do estímulo à permanência de estudantes da pós-graduação e as cotas para docentes”, diz.
Nilma e Rodrigo
Nilma Lino Gomes, que é vinculada à Faculdade de Educação (FaE) da UFMG, foi a primeira mulher negra a comandar uma universidade pública federal – em 2013, foi nomeada reitora pró-tempore da Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-brasileira (Unilab). Foi ministra da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial e ministra das Mulheres, da Igualdade Racial, da Juventude e dos Direitos Humanos no governo da presidente Dilma Rousseff.
Rodrigo Ednilson, também docente da FaE, foi pró-reitor adjunto de Assuntos Estudantis e um dos integrantes da Administração Central que estiveram à frente dos processos de discussão e implementação dos procedimentos de heteroidentificação na UFMG.