Painel da Andifes reúne ações das universidades federais no enfrentamento da pandemia
Iniciativas, que começaram há 25 meses, foram catalogadas no site do grupo de pesquisa Sou Ciência, sediado na Unifesp
Na tarde desta quarta-feira (29), foi realizado o painel virtual Universidades federais em defesa da vida. O evento apresentou o portal do grupo de pesquisa Sou Ciência — sediado na Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e integrado por pesquisadores de várias universidades —, onde estão catalogadas e organizadas as ações de enfrentamento à pandemia empreendidas pelas instituições federais de ensino superior desde 2020.
“Desde o início da pandemia, as universidades se mobilizaram para criar estratégias e técnicas para a gestão do enfrentamento da covid-19. Após 25 meses, apresentamos o conjunto dessas iniciativas, das quais as universidades públicas se orgulham muito”, anunciou o presidente da Andifes, Marcus David, reitor da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF).
Muitas frentes
Como destacou o professor Pedro Fiori, da Unifesp, um dos coordenadores do Sou Ciência, as universidades contribuíram para a elaboração de planos emergenciais e participaram de diversas instâncias, como grupos de trabalho e comissões de combate à pandemia, inseridas em redes nacionais e internacionais.
“Em articulações com a sociedade, as instituições promoveram a captação de recursos para campanhas destinadas aos grupos mais vulneráveis e à sustentação de equipamentos de saúde”, disse.
Pedro Fiori discorreu sobre a localização das iniciativas das universidades no portal Sou Ciência e demonstrou como o usuário deve fazer para acessá-las. As informações foram divididas nos seguintes eixos: Organização para atuar na pandemia; Atenção à saúde; Extensão e solidariedade; Ações em pesquisa, Tecnologia e inovação e Ações de comunicação.
Entre os muitos meios de atuação das instituições, o professor enumerou a articulação des redes, a pesquisa básica e experimental, que mapeou o genoma do vírus e idealizou a imunização, a testagem de vacinas, a colaboração com o Instituto Butantan, a divulgação de informações sobre a segurança das vacinas, o desenvolvimento de pesquisas socioeconômicas, que avaliaram o impacto da pandemia na renda das famílias, e as pesquisas educacionais, que mensuram os atrasos de aprendizagem decorrentes dos períodos de paralisação das aulas.
Presença da UFMG e comunicação aprimorada
Estão descritas no portal várias ações da UFMG , como o projeto da Escola de Engenharia que atuou na assistência a catadores de materiais recicláveis durante a pandemia, iniciativas do IGC e da Faculdade de Ciências Econômicas de apoio a pequenos agricultores familiares e a grupos de economia solidária, produção de álcool em gel e protetores faciais e implantação de programa de inclusão digital que possibilitou que as atividades acadêmicas em regime remoto fossem acompanhadas por todo o corpo discente.
Pedro Fiori também destacou os esforços das universidades em aprimorar sua comunicação com a sociedade. "Com os materiais educativos, as campanhas de combate ao negacionismo e às fake news, cursos e oficinas diversas, podemos dizer que as universidades deram um salto na sua capacidade de comunicação”, enfatizou.
O professor afirmou ainda que a divulgação do material visa, também, contribuir para que as universidades “não sejam destroçadas e prejudicadas por cortes de orçamento”. “Espero que os historiadores do futuro saibam registrar quem esteve ao lado da vida e quem atuou contra a vida durante a pandemia”, finalizou.