Quais os nomes que municípios do estado de Minas Gerais tinham no século 18 e início do 19? Há nomes de origem indígena nas localidades mineiras que permanecem? Quais suas motivações? Essas e outras perguntas relacionadas aos topônimos mineiros são respondidas pela segunda edição do Repositório digital de dados: toponímia histórica de Minas Gerais, do setecentos ao oitocentos Joanino, em mapas da capitania e das comarcas, que será lançado neste sábado, 30, às 9h30, no Museu de História Natural e Jardim Botânico da UFMG.

Durante o evento, que terá lugar no Auditório Pau Brasil, o público poderá visitar a exposição Paisagens culturais: expressões da toponímia e da cartografia histórica das Minas Gerais. Montada ao ar livre, a instalação apresenta um panorama sobre os topônimos mineiros e evidencia suas origens, motivações e curiosidades ao longo de mais de 300 anos de ocupação do território mineiro. 

Topônimos e suas origens
Os topônimos são os nomes dados a uma região, cidade, vila, povoação ou a um rio, por exemplo. Criado em ambiente virtual em agosto de 2017, o repositório digital é fonte de pesquisa para interessados na cultura, língua, geografia e história do território mineiro. É alimentado por pesquisa em mapas e documentos da história de Minas Gerais, por equipe multidisciplinar. A segunda edição tem funcionalidades ampliadas, sistema de pesquisa aperfeiçoado e um glossário de aspectos geográficos e linguísticos relativos aos topônimos em Minas Gerais.

"O levantamento e o tratamento de dados proporcionam o conhecimento de lugares e os seus nomes que ficaram registrados em diversos mapas. De 2013 a 2016, nossa pesquisa foi intensificada por meio do projeto Registros cartográficos históricos, desenvolvido no Centro de Referência em Cartografia Histórica da UFMG. Em 2020, iniciamos a organização da segunda edição”, destacam os organizadores da nova edição, Márcia Maria Duarte dos Santos, do Centro de Referência em Cartografia Histórica, e Antônio Gilberto Costa, professor do Instituto de Geociências da UFMG.

A segunda edição do Repositório digital de dados está disponível no site do projeto.