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'Sala segura' do Inep recebe primeira pesquisadora

​Recém-inaugurado na Biblioteca Central, no campus Pampulha, o espaço possibilita consulta remota a indicadores-chave da educação brasileira

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Izabel Costa da Fonseca (à esquerda), primeira pesquisadora a utilizar a “sala segura” do Inep, foi recepcionada pela diretora da BU, Kátia PachecoFoto: Carla Pedrosa | Biblioteca Universitária

Para quem antes tinha que ir a Brasília em busca de dados sobre a educação, poder acessá-los dentro da UFMG é uma ótima novidade e facilita muito o desenvolvimento das pesquisas na área. É o que afirma Izabel Costa da Fonseca, pós-doutoranda da Faculdade de Educação da UFMG e primeira pesquisadora a utilizar a "sala segura" do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), inaugurada recentemente na Biblioteca Central, no campus Pampulha.

“A criação desse novo núcleo é um movimento que democratiza o acesso a informações de relevância para políticas públicas em educação, já que é uma forma de baratear os custos das pesquisas para os que estão mais próximos do estado de Minas Gerais que de Brasília”, destaca Izabel, cujo estudo tem o objetivo de propor indicadores para mensurar a permanência na educação básica.

A “sala segura” é um ambiente ligado ao Serviço de Acesso a Dados Protegidos (Sedap), regido pela Portaria  637, de 17 de julho de 2019, e a UFMG é a primeira instituição brasileira a inaugurar um espaço como esse. 

Pesquisadores da Universidade e de outras instituições têm acesso ao espaço mediante agendamento pelo e-mail nucleosedap@ufmg.br.

“Várias universidades entraram em contato conosco para saber como foram os trâmites do convênio com o Inep para a abertura da sala e a nossa percepção sobre esse processo. Há vasta demanda de pesquisadores para acesso aos dados sobre a educação básica, e temos a certeza de que esse serviço democratizará, sobremaneira, o avanço dos estudos nessa área”, afirma Kátia Lúcia Pacheco, diretora da Biblioteca Universitária.

Normas de acesso 
Em cumprimento aos preceitos da Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD), as informações obtidas na “sala segura” não podem ser copiadas, guardadas, retransmitidas ou compartilhadas com outros órgãos ou entidades públicas e privadas. Por isso, não é permitido adentrar o local portando bolsas nem aparelhos eletrônicos como telefone celular e pen-drive.

Para facilitar o processo de pesquisa, Izabel sugere enviar, no momento do agendamento, programas prevendo os procedimentos de análises dos dados a serem incluídos, pela equipe do Inep, na pasta pessoal do pesquisador, que poderá acessá-la remotamente, na “sala segura”, com login e senha fornecidos pelo Sedap. 

Os dados que os pesquisadores quiserem acessar fora da sala passam por análise antes de serem disponibilizados. “No computador do Sedap, nós criamos uma pasta com os arquivos que pretendemos retirar e um texto explicando em que consiste cada um deles. Equipe de servidores do Inep analisa se há, nesses dados, alguma informação que permita a identificação de indivíduos. Caso não haja, os documentos encontrados na sala são liberados para o pesquisador”, explica. 

Carla Pedrosa | Biblioteca Universitária