Testículos podem funcionar como ‘repositórios’ do Sars-CoV-2, o que pode afetar o padrão seminal e a produção de testosterona, com implicações significativas na capacidade reprodutiva e também na saúde sexual masculina. Essa é a principal conclusão de um estudo realizado pela UFMG, que contou com aporte internacional da Ferring Pharmaceuticals. 

Liderado por Guilherme Mattos e Samyra Lacerda, professores do Departamento de Morfologia do ICB UFMG, e pelo médico urologista Marcelo Horta Furtado, o estudo coletou amostras de onze pacientes fatais não vacinados que tiveram a forma grave da doença, entre janeiro e março de 2021, internados em UTIs da rede hospitalar de Belo Horizonte.  

Além do grupo do laboratório de Biologia Geral do ICB-UFMG, participaram cerca de 30 pesquisadores do Departamento de Patologia Geral, também do ICB, da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (USP), da Unesp, de universidades dos Estados Unidos, do Centro de Desenvolvimento de Tecnologia Nuclear (CDTN UFMG), da MF Fertilidade Masculina e da Rede Mater Dei de Saúde. 

Agora em nova etapa do estudo, os pesquisadores vão analisar as implicações de casos moderados, leves e assintomáticos da covid-19 no padrão seminal e na produção de testosterona, com o apoio da Fapemig. 

Equipe: Renata Valentim (produção, reportagem e edição de conteúdo); Lucas Tunes (imagens) e Otávio Zonatto (edição de imagens)