Ensino

Servidores do Caed produzem documentário sobre graduações a distância da UFMG

Em ‘Por onde anda a educação?’, egressos destacam a qualidade do ensino ofertado pela Universidade

Os servidores Thiago Belchior e Ernane Oliveira
Thiago Belchior e Ernane Oliveira: desafios e riqueza de narrativas e experiênciasFoto: Arquivo Caed/UFMG

Os impactos das graduações a distância ofertadas pela UFMG (Ciências Biológicas, Geografia, Matemática, Pedagogia e Química) são tema do documentário Por onde anda a educação?, produzido pelos servidores Thiago Belchior e Ernane Oliveira, do Centro de Apoio à Educação a Distância (Caed).

Concebida como parte da pesquisa desenvolvida por Thiago durante o seu mestrado em Educação na UFMG, entre 2018 e 2020, a produção, disponível no canal do Caed no YouTube, reúne, em pouco mais de uma hora, depoimentos de egressos de cursos, de coordenadores de polos de apoio presencial e do professor Eucidio Pimenta, coordenador do programa Universidade Aberta do Brasil (UAB) na UFMG.

No filme, os entrevistados, como a egressa do curso de Ciências Biológicas Marley Gonçalves, ressaltam os ganhos proporcionados pelo acesso a cursos de graduação gratuitos, com horários flexíveis e com a qualidade do ensino ofertado pela Universidade.

"Havia outras opções de instituições particulares, mas a formação não era a que a UFMG ofereceu. Muitas pessoas têm a formação em ciências biológicas, mas elas não conseguiram passar em concursos públicos. A gente vê o diferencial do ensino, mesmo sendo a distância", afirmou Marley, ex-aluna do polo Montes Claros e, atualmente, professora efetiva de ciências da rede de educação básica do estado.

Novas oportunidades de ingresso no ensino superior para estudantes secundaristas e de atuação profissional para os egressos, aumento do número de professores das áreas de ciências exatas e da natureza nas regiões em que os polos estão sediados – Ciências Biológicas, Química e Matemática estavam entre os cursos ofertados – e incentivo ao desenvolvimento local, por meio da formação de pessoas, também são destacados nas entrevistas.

“Esse é um trabalho muito importante para a visibilidade do Caed, do impacto que a educação a distância tem sobre a vida das pessoas, que vai além do quantitativo e dos números”, avalia a diretora de EaD, Vilma Lúcia Macagnan Carvalho.

Marley Gonçalves, egresso do polo Montes Claros:
Marley Gonçalves, egressa do polo Montes Claros: ensino diferenciadoFoto: Reprodução YouTube

Registro histórico
A produção do documentário foi iniciada em 2019 e finalizada apenas em 2023, devido à pandemia de covid-19, nas cidades de Montes Claros, Araçuaí, Governador Valadares, Teófilo Otoni, Corinto, Formiga, Campos Gerais e Belo Horizonte. Para realizar as gravações, os servidores aproveitaram as viagens anuais para conferência de patrimônio nos polos de apoio e utilizaram equipamentos de audiovisual cedidos pelo Caed.

“Encontramos muitos desafios durante o processo, mas também uma riqueza muito grande nas narrativas, nas experiências dos egressos. Percebemos que produzimos um registro da história da EaD”, avalia Thiago, que espera que a obra contribua para o debate sobre o futuro da educação a distância, especialmente dos cursos de graduação na UFMG.

“Espero que haja mais sensibilidade na instituição para diminuir a resistência que ainda é muito forte em relação à educação a distância e para influenciar a construção de políticas públicas”, reflete Thiago.

Para Ernane Oliveira, uma das razões para o preconceito em relação à EaD é a ideia de que seria um tipo de ensino menos rigoroso e, portanto, menos confiável. “Não existe diferença de cobrança em relação ao presencial. O conhecimento se cristaliza nas duas modalidades”, pondera.

Assista ao documentário:

Assessoria de Comunicação do Caed UFMG