De 2019 a 2021, aumentou 107,7% o número de desligamentos por morte de trabalhadores nos setores da saúde, segundo dados do Sistema de Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho. A maior exposição à carga viral e a impossibilidade de trabalhadores da saúde manterem o distanciamento social podem ser as principais causas desse crescimento.

Entre profissionais essenciais fora da saúde, esse índice foi quase duas vezes menor: o aumento foi de 59,6%. Segundo a fisioterapeuta Débora Meier, autora da dissertação Mortes de trabalhadores durante a crise sanitária da covid-19. Minas Gerais, 2019–2021, os operadores de utilidades como máquinas a vapor, instalações de captação e tratamento de água e esgoto foram as principais vítimas. 

O estudo, desenvolvido no âmbito do Programa de Pós-graduação em Saúde Pública da Faculdade de Medicina, abordou características sociodemográficas e aspectos de ocupação, com foco em Minas Gerais. "A oportunidade de adesão às medidas de proteção variou de acordo com a ocupação, escolaridade, renda e raça”, destaca Débora Meier.

A matéria completa está disponível no site da Faculdade de Medicina.