De 16 a 24 de fevereiro estará aberto o período de inscrição para o Sisu 2023. Os estudantes que optarem por se inscrever na modalidade de reserva de vagas para pessoas com deficiência ou cotas raciais devem ficar atentos para os critérios e procedimentos de validação. 

A Banca de Verificação e Validação é um procedimento obrigatório utilizado pela UFMG para garantir a efetividade da política de cotas para pessoas com deficiência. Por isso, é muito importante que o candidato tenha em mente que a análise da banca não é realizada com base apenas em um diagnóstico ou atestado médico, mas inclui uma avaliação biopsicossocial. 

De acordo com a professora Regina Céli, diretora do Núcleo de Acessibilidade e Inclusão (NAI) da UFMG, essa avaliação considera “os impedimentos físicos, sensoriais, mentais e intelectuais e sua relação com as estruturas e funções dos órgãos. A banca se pauta também pelos fatores psicológicos, ambientais e pessoais, na limitação do desempenho das atividades e na participação, em como isso obstrui a participação [do candidato] em condição de igualdade na sociedade”. 

Para os estudantes que se inscreverem pelas cotas raciais, o procedimento que a Universidade utiliza para validação das vagas é a Banca de Heteroidentificação. Ela é um instrumento complementar à autodeclaração feita pelo candidato: o termo “hetero”, do grego, refere-se a “outro”, ou seja, identificação feita pelo outro. 

Como alerta o professor Rodrigo Ednilson, presidente da Comissão de Ações Afirmativas e Inclusão da UFMG, “o papel de uma banca de heteroidentificação não é definir a identidade de ninguém. A banca faz uma leitura social das características fenotípicas”. Essas características são os aspectos físicos do corpo, como o tipo de cabelo, o formato do nariz e da boca e a cor da pele. Assim, a banca busca entender como a sociedade enxerga esse candidato e se ele integra o público-alvo da política de ações afirmativas.

Para mais informações, acesse o site do Sisu UFMG.