UFMG atualiza plano de retorno e mantém ênfase nos cuidados contra a covid-19
Foi retirada a recomendação de que atividades de uma turma ou setor sejam suspensas quando há pessoas com a doença
O plano de retorno às atividades presenciais na UFMG está publicado com atualizações e mantém a ênfase nos cuidados contra a disseminação da covid-19. A premissa é de que a pandemia continua, e a recomendação é para que as pessoas da comunidade sigam usando máscaras nos espaços abertos e fechados, atentos a sintomas da doença e às orientações do sistema MonitoraCovid e evitem aglomerações.
A nova versão do plano, que é avaliado e atualizado pelo Comitê da UFMG de Enfrentamento ao Novo Coronavírus, elimina a indicação de que atividades acadêmicas e administrativas presenciais sejam suspensas quando houver pessoas infectadas na turma ou no setor. Segundo a professora Cristina Alvim, coordenadora do Comitê, a medida se mostrou inviável, em virtude da dinâmica de organização das aulas e do trabalho na Universidade, com movimentação de estudantes e servidores entre grupos e ambientes diferentes.
“A alta cobertura vacinal – no Brasil, em Minas Gerais, em Belo Horizonte e na UFMG –, o uso obrigatório de máscaras e o monitoramento com isolamento de casos confirmados nos nossos campi tornam a suspensão de atividades uma providência com pouca efetividade, que não compensa os danos ao andamento do semestre letivo e ao funcionamento pleno da UFMG”, afirma Cristina Alvim. Ela enfatiza que permanece a recomendação de afastamento em caso de sintomas, até que se consulte o TeleCovid ou outro serviço médico. Se o resultado do exame for positivo, a pessoa deve se isolar por dez dias. Há orientações também para resultado negativo e contato domiciliar com pessoas infectadas, entre outras situações.
Capacidade plena
O plano de retorno presencial atualizado prevê, para o segundo período letivo deste ano, a possibilidade de utilização plena da capacidade dos espaços. O Comitê considerou fundamental antecipar essa informação porque já é hora de definição da oferta de disciplinas para o próximo período de aulas, que terá início em 22 de agosto. De novo, a medida é baseada na certeza da utilização de máscaras de boa qualidade por todos os membros da comunidade e na orientação de manter os espaços arejados. Relatório da Andifes sobre a experiência das universidades federais atesta que o distanciamento entre as pessoas pode ser reduzido se forem observadas as outras medidas de prevenção.
A versão recém-publicada do documento contém análise da situação atual da pandemia. Novos gráficos mostram, por exemplo, informações da Organização Mundial da Saúde (OMS) – a tendência mundial, segundo os dados da entidade, é de redução de casos e óbitos –, e da Fiocruz, que dão conta de que os casos de síndrome respiratória aguda grave aumentaram no Brasil, mas não em níveis alarmantes, como em 2021; metade deles é causada pelo coronavírus. Belo Horizonte registra, de acordo com a Prefeitura, redução de cerca de 600 novos casos por 100 mil habitantes, em março, para menos de 80, em maio.
“Embora haja oscilações na incidência de casos em decorrência da flexibilização nas cidades, a situação está melhor quando comparamos com o que observamos no ano passado e no pico do surto da variante ômicron, no início deste ano”, afirma Cristina Alvim. “Isso se deve à imunização da população e ao fato de que não surgiram novas variantes de preocupação do Sars-CoV-2.
Para a vice-diretora da Faculdade de Medicina e coordenadora do Comitê de Enfrentamento, as recomendações continuam orientadas por respeito à segurança da comunidade acadêmica. “Prevalece entre nós a atitude de responsabilidade coletiva. É preciso continuar tomando os cuidados que têm papel efetivo comprovado na prevenção da contaminação. O uso obrigatório de máscaras é uma medida bem aceita e com alto índice de adesão por parte da comunidade da UFMG”, afirma Cristina Alvim.
Mais informações sobre o combate à pandemia na UFMG estão em www.ufmg.br/coronavirus.