A UFMG recebeu da QS Rankings América Latina, classificação universitária produzida pela empresa britânica Quacquarelli Symonds, o certificado de Excelência na Pesquisa. Concedida a dez universidades da região, a distinção reconhece instituições que mantêm colaboração com parceiros estrangeiros para produzir pesquisa global de alto impacto. O prêmio é baseado na combinação dos índices de participação em redes internacionais de pesquisadores e de citações por publicação.

O pró-reitor de Pesquisa da UFMG, professor Fernando Reis, recebeu o certificado durante o QS Higher Ed Summit: Americas 2022, evento realizado na quinta, 22, em Vila Velha, Espírito Santo.

A reitora Sandra Goulart Almeida observa que os índices que justificam o reconhecimento da QS dão a dimensão de duas qualidades destacadas da UFMG. “O prêmio atesta a crescente visibilidade que a nossa pesquisa tem atingido, com o devido reconhecimento da qualidade de seus resultados, e a força da cooperação com pesquisadores e instituições de países em todas as regiões do globo, uma tendência geral na qual a UFMG tem investido com grande êxito”, afirma a reitora.

Fernando Reis ressalta que o reconhecimento da QS Rankings valoriza a excelência em todas as áreas do conhecimento. “O certificado é mais uma demonstração de que a UFMG conta com estrutura de alta qualidade para a pesquisa e equipes altamente capacitadas, que reúnem professores, pesquisadores e técnicos”, diz o pró-reitor.

Maior impacto na web
O ranking QS América Latina 2023 (que é relativo a 2021) avaliou 428 instituições. A UFMG manteve a posição de excelência conquistada em outras edições, a 16ª posição geral e aparece entre as cinco universidades mais bem classificadas do Brasil, junto com USP, Unicamp, UFRJ e Unesp, nessa ordem. A UFMG compõe o grupo das 4% melhores da região.

A classificação da empresa britânica considera reputação acadêmica (opinião de gestores e docentes de outras instituições), reputação entre empregadores, proporção entre professores e alunos, docentes com doutorado, citações por publicação, média de publicações por professor, colaboração internacional e impacto na web.

Em relação ao ranking produzido no ano passado, a UFMG melhorou sua posição nos critérios docentes com doutorado, publicações por docente e impacto na web – aqui, subiu para a sétima colocação, a melhor de toda a participação da Universidade no QS América Latina, iniciada em 2011. A UFMG alcançou pontuações mais elevadas neste ano em citações por publicação e impacto na web.

Uma das formas de observar o desempenho da UFMG é a comparação de seus indicadores com os valores da mediana dos valores listados no ranking. A UFMG tem indicadores muito acima da média das instituições da América Latina – e também do Brasil, consideradas isoladamente. O desempenho relativo da UFMG tem crescido tanto nacional quanto regionalmente.

O indicador citações por publicação da UFMG relativo aos trabalhos publicados no período de 2016-2020, analisado nessa edição do ranking, é 6,2, e o da América Latina, 4,6. Seu indicador de publicação por docentes é igual a 5,7 no período analisado, muito acima da média de 1,5 da região.

Entre os mais citados
A UFMG tem mais de 3 mil docentes, dos quais cerca de 2,2 mil atuam em programas de pós-graduação e 753 são bolsistas de produtividade do CNPq. Cerca de 20% dos trabalhos produzidos na Universidade estão entre os 10% mais citados do mundo. Em 2020 e 2021, pesquisadores da UFMG (docentes, residentes de pós-doutorado, pós-graduandos e estudantes de iniciação científica) publicaram, em média, 6,2 mil trabalhos por ano, dos quais 4,1 mil estão catalogados nas maiores bases de dados internacionais. No mesmo período, a instituição captou investimentos públicos e privados da ordem de dezenas de milhões de reais em seu sistema de ciência e tecnologia, por meio de projetos selecionados em editais muito concorridos.